No que depender de Elon Musk, teremos um futuro cheio de robôs desempregados, ao contrário do que muitas obras de ficção imaginam – um mundo onde as pessoas vão perder seus trabalhos, que serão todos (ou a maioria) automatizados. Não é novidade que o CEO de empresas como Tesla e SpaceX está longe de ser um fã de inteligência artificial e seus adjacentes, mas agora ele resolveu tirar os robôs de suas linhas de produção para adotar, no lugar deles, o bom e velho ser humano.
A automação excessiva na Tesla foi um erro. Mais precisamente, meu erro. Humanos são subestimados
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O fracasso da linha de produção do carro Model 3, da Tesla, fez com que Musk tivesse que assumir o controle da empresa diretamente e fazer algumas alterações necessárias para que tudo seguisse o caminho normal. O ano de 2018 não vem nada bem para a Tesla e o chefão resolver puxar as mangas e botar as mãos na massa para não ter mais prejuízos – ou pelo menos não ter tanto.
Sai robô, entra gente
Em um tweet, o CEO da Tesla confirmou a informação dada por Tim Higgins, repórter do Wall Street Journal. Após o jornalista afirmar que Elon Musk concorda que a Tesla depende de robôs demais para funcionar, especialmente na fabricação do Model 3, o próprio empresário confirmou e ainda complementou: “A automação excessiva na Tesla foi um erro. Mais precisamente, meu erro. Humanos são subestimados”.
Yes, excessive automation at Tesla was a mistake. To be precise, my mistake. Humans are underrated.
— Elon Musk (@elonmusk) 13 de abril de 2018
Musk teria, por exemplo, se livrado completamente do sistema de esteiras automáticas pois tudo havia virado uma grande confusão na hora de produzir os veículos. Para o CEO, deveríamos confiar mais nas habilidades humanas e, por isso mesmo, ele resolveu trocar seu sistema automatizado pelo trabalho de funcionários de carne e osso. É curioso ver que uma das fábricas mais modernas do mundo, que produz o que pode vir a ser o carro padrão do futuro, não funcionou como esperado com a automatização.
Assim, pode ficar tranquilo: talvez as grandes empresas entendam algum dia que não dá para depender apenas das máquinas – aquele toque humano sempre vai ser necessário quando produzimos coisas, obviamente, para outros humanos.
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