De acordo com um relatório da MUSO, uma consultoria britânica que rastreia o desenvolvimento da pirataria na web, o Brasil é o quarto país que mais consome conteúdo ilegal no mundo. Isso compreende material televisivo, cinematográfico, musical e editorial (livros, revistas e notícias).
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Os EUA movimentam mais que o dobro de pirataria do que o Brasil
Apesar de estar no top 5 dos maiores consumidores de pirataria, o Brasil está bem longe do primeiro colocado. De acordo com o estudo, os EUA —líderes no consumo ilegal de conteúdo — movimentam mais que o dobro de pirataria do que o Brasil.
Esse estudo foi realizado durante todo o ano de 2017 e avaliou a quantidade de visitas de usuários a sites de pirataria em todo o mundo. Isso incluiu sites de streaming ou que possibilitam download direto ou via torrent. No total, foram registradas mais de 300 bilhões de visitas a sites de pirataria em todo o mundo, sendo que os EUA foram responsáveis por quase 28 bilhões desse total. Confira o top 10 completo dos países que mais consomem pirataria no mundo.
- 1) EUA (27,9 bilhões)
- 2) Rússia (20, 6 bilhões)
- 3) Índia (17 bilhões)
- 4) Brasil (12,7 bilhões)
- 5) Turquia (11,9 bilhões)
- 6) Japão (10,6 bilhões)
- 7) França (10,5 bilhões)
- 8) Indonésia (10,4 bilhões)
- 9) Alemanha (10,2 bilhões)
- 10) Reino Unido (9 bilhões)
É curioso notar a ausência da China nessa listagem, país que tem uma das maiores populações de internautas do mundo. A MUSO não explica em momento algum o porquê disso.
Seja como for, há outros dados interessantes no relatório da empresa. Na comparação com 2016, por exemplo, a houve um crescimento de 1,6% no total de visitas a sites de pirataria em todo o mundo durante o ano passado. Esse aumento é certamente pequeno, puxado pela queda na quantidade de pirataria de material cinematográfico.
Sobe e desce
De acordo com a MUSO, foram registradas 2,3% menos visitas a sites de pirataria de filmes em 2017. No ramo da pirataria de programas de TV, houve um crescimento de 3,4% no total de visitas. Contudo, de 2016 para 2017, a pirataria de música foi a que mais cresceu, registrando um aumento de 14,7%.
Nossos dados sugerem que a pirataria está mais popular do que nunca
Andy Chatterley, CEO da MUSO, questionou a cresça comum de que a popularização de serviços como Spotify e Netflix estariam mitigando a pirataria. “Nossos dados sugerem que a pirataria está mais popular do que nunca, com nossos dados mostrando que 53% de toda a pirataria no mundo se dá por meio de sites de streaming ilegais”.
Chatterley também indicou que smartphones são hoje os aparelhos mais populares para consumo de pirataria de programas de TV e de músicas.
Fontes