Ter uma ideia original ou um estalo para inovar em um processo pode chegar com relativa facilidade. No entanto, sair de uma situação em que a sua empresa deixa de sobreviver para começar a crescer é um dos maiores desafios da trajetória de quem meteu as caras nesse universo.
Não acredite em mim, quem diz isso é do mentor Alexssandro Mello, professor da FIA (Fundação Instituto de Administração) com foco em empreendedorismo. De acordo com o mentor, os empreendedores enfrentam dificuldades quando precisam deixar de ser one man show e precisam compartilhar funções com outros colaboradores.
Há um momento em que o empreendedor precisa abrir mão do momento inicial para virar um grande administrador. Normalmente, falta competência para fazer esse salto.
Compartilhar não é fácil
Ok, talvez seja mais fácil falar do que fazer. Afinal, vivemos em um país cheio de pequenos empreendedores individuais. Pessoas acostumadas a carregar seus negócios nas costas, em alguns casos, literalmente. Como mudar essa característica, professor?
"A característica de você botar o seu produto embaixo do braço e sair vendendo é extremamente peculiar. Você tem que ter esse arrojo, essa desenvoltura, essa iniciativa e esse empreendedorismo. Agora quando você puxa uma característica de partilhar, você tem que ter essa habilidade para gerir pessoas", comenta o mentor.
No entanto, o professor também explica que existe uma série de iniciativas administrativas como as cooperativas, nas quais é possível unir empresas familiares, pequenas e construir uma marca forte. Nesse caso, cabe ao empreendedor buscar modelos de gestão que sejam pensados para escalonar o negócio.
A característica de você botar o seu produto embaixo do braço e sair vendendo é extremamente peculiar. Você tem que ter esse arrojo e desenvoltura.
TecMentor?
Na Campus Party, Mello participou de uma ação de mentoria. Perguntamos para o professor, especializado em PMEs sobre as inovações e concorrência acirrada de uma mercado com soluções cada dia mais baseadas em tecnologia.
"A primeira coisa, para escalonar e crescer, mesmo as empresas com tecnologias disruptivas precisam de pessoas. Não sei quantos mil funcionários tem o Facebook ou um Airbnb hoje. São empresas altamente baseadas em tecnologia, mas com um mundo de pessoas que garantiram o crescimento delas", respondeu o professor da FIA.
Segundo Mello, essa é a característica que serve de barreira de entrada para os novos competidores.
Posso ter uma ideia muito boa e não conseguir entregar para um grande número de pessoas. Se isso acontece, eu não cresço, nem me desenvolvo. Eu atrofio e morro.
Influência do mentor
Outro ponto que Mello avalia essencial é que tanto o investidor quanto mentores precisam ter noção clara de seus papéis nesse processo. Afinal, o gestor é sempre o responsável pela tomada de decisão.
É importante que o empreendedor procure um mentor, mas também todos os outros agentes - formar sua Liga da Justiça, seus Vingadores.
É preciso saber fazer esse papel, indica o professor. Um bom mentor é responsável por trazer informações e outras partes de um prisma que o empreendedor não consegue ver.
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Por falar em Campus Party, a IBM está no evento com uma série de desafios bem legais com chatbots, inteligência artificial, programação e muito mais. Confira neste link.
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