As criptomoedas estão em uma fase explosiva de popularização e vale aproveitar um clichê para explicar isso: nunca antes na história desse país falamos sobre e investimentos tanto em bitcoins no Brasil quanto agora. Quem já lidava com Bolsa de Valores ou outras atividades monetárias entrou na onda e até quem nunca tentou algo parecido garantiu uma carteira virtual.
Só que tanta informação e novidade ao mesmo tempo exige cuidado e, principalmente, conhecimento. A Campus Party Brasil 2018 contribuiu para isso e abrigou um painel sobre a perspectiva nacional da maior criptomoeda do mercado no palco principal. Quem conversou com o público no palco principal foram Marcos Henrique e Felipe Trovão, sócios da Foxbit.
O começo de tudo
Quando a Foxbit começou, em dezembro de 2014, eram poucas as companhias no ramo no Brasil. Afinal, os próprios investidores por aqui eram apenas pessoas ligadas aos ideias libertários da blockchain e entusiastas de tecnologia.
Há quatro anos, cerca de cem pessoas trabalhavam em empresas de bitcoin no país, contra mais de 1,5 mil atualmente.
"O processo de trade e aquisição era lento, as condições era precárias e muitas possibilidades ainda podiam ser exploradas", explica Marcos, que relembra dois acontecimentos que trouxeram o tema bitcoin para o grande público. O primeiro foi o fechamento da Silk Road, loja online da dark web que comercializava drogas, e a declaração de falência da casa Mt. Gox.
Tem futuro no Brasil?
A dupla ainda tranquilizou o público a respeito de uma eventual regulamentação de criptomoedas no Brasil pelo governo. Segundo eles, isso não deve acontecer tão cedo, mas o próximo ano pode já apresentar alguma novidade nesse sentido. "Para 2018, vamos acompanhar a evolução e o reflexão disso no Brasil", explicam os palestrantes.
Eles relembraram que o Congresso até tentou iniciar uma consulta para um projeto de lei, mas o Banco Central não viu a bitcoin como uma ameaça por enquanto. O relator do processo queria proibir totalmente a moeda, mas a ideia não avançou.
A comissão terminou sem uma decisão sobre as criptomoedas.
Para comprovar que o interesse aumentou, Trovão apresentou dados curiosos. Em 2015, foram movimentados R$ 45 milhões em bitcoins no Brasil. Esse valor subiu para R$ 113 milhões em 2016 e disparou para R$ 8,2 bilhões no ano passado. Ainda assim, o Brasil ainda é um mercado de baixa participação mundial.
A temida bolha existe mesmo?
Uma das primeiras perguntas do público aos palestrantes não poderia ser outra. Afinal, existe uma bolha prestes a estourar? "Isso não é uma bolha, é uma correção esperada. Teria que cair bem mais para ser considerado assim", explica Marcos.
Vale lembrar que hoje (1º) o TecMundo noticiou que a cotação caiu novamente para próximo dos US$ 9 mil, confirmando uma queda atual frequente na moeda. "Não acredito em bolha, acredito em um movimento normal de mercado. A demanda ainda está alta e muita gente ainda nem está conseguindo comprar, como grandes investidores institucionais", afirma Trovão.
A dupla disse não curtir criptomoedas pré-mineradas, já que elas no papel pertencem a uma só pessoa
Eles ainda afirmam que confiam no bitcoin pela impossibilidade de alguém inflacionar o preço da moeda. Normalmente, polêmicas a respeito de golpes envolvem casas que criam tokens próprios baseados em um valor e acabam sem poder devolver o valor oferecido.
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A IBM também está presente na Campus Party Brasil 2018 e essa empresa centenária preparou um desafio especial para os campuseiros. É o IBM BlueGame, um jogo que envolve as ferramentas e APIs da empresa e traz prêmios diários para os melhores colocados. Ficou interessado? Clique aqui para saber mais!
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