Há alguns anos, vem-se falando nos carros autônomos, que independem de motoristas, funcionando por meio de sensores que identificam pedestres e obstáculos e serão programados para respeitar as leis de trânsito. Agora, a Hyundai e a Volkswagen anunciaram uma nova parceria com a Aurora, startup de tecnologia, e planejam disponibilizar até 2021 os veículos que "andam sozinhos", começando por serviços de transporte (como um serviço de táxi), oferecidos globalmente.
A Volkswagen informou que há 6 meses vem trabalhando na integração de sensores, hardwares e softwares da Aurora, em seus veículos elétricos. Em 2021, o plano da Volkswagen é colocar os carros em cinco cidades pelo mundo, enquanto a Hyundai divulgou que pretende ter uma frota operando em escala comercial no mesmo ano. Alguns possíveis fatores que levam a esse primeiro passo comercial são os valores ainda inacessíveis do produto para o consumidor individual, bem como pendências ligadas ao uso em grandes centros urbanos, do ponto de vista político-legal.
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A parceira Aurora é uma das melhores startups do Vale do Silício e foi criada em 2016 por Chris Urmson, que trabalhava no departamento de autônomos da Google e será parte fundamental dos testes das fabricantes de veículos, que acontecerão ainda neste ano, usando carros com a tecnologia self-driving.
A criação da Aurora contou também com Sterling Anderson, ex-chefe de testes da Tesla, e com Drew Bagnell, professor de robótica responsável pela criação dos carros autônomos da Uber. Ao trabalhar com as fabricantes diretamente, a Aurora ganha em acelerar a entrada dos carros totalmente autônomos nas estradas e se aproxima de conseguir licenciar o software junto às entidades reguladoras.
A companhia de tecnologia Waymo também está trabalhando nessa direção, aliada à Fiat Chrysler. O plano é equipar as minivans Chrysler Pacifica com tecnologia autônoma e lançar um serviço totalmente autônomo de caronas no começo de 2019, em Phoenix (Arizona, EUA).
A Uber também está investindo fortemente nos carros sem motorista, o que mudará bastante o cenário, já que hoje muitos veem o serviço como uma alternativa de geração de empregos, mas cada vez mais o negócio se revela como uma empresa de logística: o simples transporte de bens e pessoas. Porém, tirando o motorista da equação, imagina-se que os custos vão cair bastante para o usuário.
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