James Damore, 28, ex-funcionário da Google, é um cara que se sente 'oprimido' por ser branco e conservador. Então, ele está processando a Gigante das Buscas, já que ela não vem se encaixando nos moldes de uma empresa medieval.
Damore, caso você não se lembre, também foi o homem que escreveu um manifesto "argumentando" que a diferença salarial entre homens e mulheres vem da diferença genética, que favorece o primeiro grupo.
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Damore comenta que a Google fez ele participar de eventos de treinamento sobre diversidade: pelo visto, não funcionou
Neste processo que Damore realmente está levando para frente, ele comenta que a Google "identifica, maltrata e, sistematicamente, encerra" contratos de funcionários que não seguem a visão da companhia no que toca diversidade. Damore vai além: ele quer montar um processo de classe para qualquer pessoa que se identifique como conservadora, branca ou homem, e que se sinta oprimido.
Durante o processo, o homem oprimido comenta o seguinte: "A administração da Google toma medidas extremas e ilegais para encorajar a que o RH leve categorias protegidas, como raça e gênero, como fator de contratação, em detrimento aos empregados homens e brancos". Além deste trecho, Damore também diz que a "presença numérica de mulheres é celebrada na Google e os homens são 'zoados' com 'vaias' nas reuniões semanais da empresa".
Época da demissão
Quando Damore foi demitido, o CEO da Google, Sundar Pichai, enviou um memorando para todos os funcionários da empresa e, posteriormente, publicou o texto no blog oficial da companhia.
“Primeiro, deixe-me dizer que nós apoiamos firmemente o direito dos funcionários da Google de se expressarem, e muito do que estava naquele documento é justo de se debater, independentemente de a maioria dos funcionários discordarem dele”, escreveu o executivo. “Contudo, partes da mensagem violam o nosso Código de Conduta e ultrapassam os limites ao levarem perigosos estereótipos de gênero para o nosso ambiente de trabalho.”
Segundo Pichai, o Código de Conduta da empresa espera que “todo funcionário da Google dará o seu máximo para criar uma cultura e um ambiente de trabalho livre de assédio, intimidação, preconceito e discriminação ilegal”. Como o documento violava alguns desses pontos, o seu autor foi desligado.
Damore chateado
James Damore, de acordo com ele mesmo, é um funcionário "modelo", levando oito bônus de desempenho durante sua estadia na Google e US$ 150 mil em bônus de ações — ele entrou na Google em 2013. No processo, ele ainda comenta que a Google fez ele participar de eventos de treinamento sobre diversidade: pelo visto, não funcionou.
Se você quiser mais detalhes sobre isso, pode acompanhar o processo aqui.
Fontes