A Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) é o conceito no qual se englobam os equipamentos do dia a dia conectados à internet. Em um universo cada vez mais interconectado, então, surgem preocupações com segurança especialmente no que toca as transações financeiras realizadas por meio desse tipo de tecnologia.
Pensando nisso é que a IOTA foi desenvolvida. Uma criptomoeda open source, ela se aprsenta como “a espinha dorsal da IoT” e se diferencia da concorrente mais famosa, a bitcoin, basicamente por não usar a tecnologia de blockchain. Além disso, as transações realizadas com a moeda são totalmente gratuitas independente do valor movimentado.
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A IOTA foi criada em 2015 por David Sønstebø, Sergey Ivancheglo, Dominik Schienere e Serguei Popov e é supervisionada por uma organização sem fins lucrativos, a IOTA Foundation. Apesar de bem menos badalada do que o bitcoin, a criptomoeda open source também chama a atenção quando se fala em aumento de valor repentino e acentuado: desde o início de novembro, a sua cotação já ultrapassou 770%.
Tal valorização levou a sua capitalização de mercado a US$ 12,6 bilhões, fazendo a IOTA ocupar a quinta posição no ranking do market cap das criptomoedas, atrás apenas de bitcoin, ethereum, bitcoin cash e litecoin.
Vantagens
Enquanto as demais moedas virtuais se baseiam em blockchains, a IOTA utiliza o Tangle, um gráfico acíclico dirigido (DAG, na sigla em inglês) que permite a ela validar as transações enquanto elas acontecem, dispensando o uso de mineradores para realizar a chamada prova de trabalho (proof of work) a fim de certificar o processo — e sem cobrar nada por isso.
Isso tudo garante a descentralização completa da IOTA, pois cada nó dessa malha tem peso igual. O resultado principal dessa característica é o aumento na velocidade da realização de transações conforme o número de usuários aumenta, diferente do que acontece no bitcoin. A escalabilidade é infinita, porque cada transação requer que o remetente verifique outras duas transações com o protocolo Tangle.
IOTA é descentralizada, mas funciona como malha.
A moeda da IoT também não sofre com outro problema das rivais: o encarecimento das taxas de graças ao número cada vez maior de transações. Além de evitar esse transtorno, a IOTA é mais simples de ser utilizada. Sem cobrar taxas, dela permite que seus usuários realizem micro e nanotransações quantas vezes forem necessárias, sempre de forma ágil. E o mesmo ocorre quando um grande volume de dinheiro é negociado pela IOTA.
A parte da leveza garante mais compatibilidade para a criação de uma rede M2M (máquina a máquina) e não abre mão da segurança. A IOTA utiliza assinaturas baseadas em hash em vez de criptografia de curva elíptica (ECC): o método é mais ágil e simplifica a codificação e a verificação das assinaturas do protocolo Tangle.
Oferta monetária fixa
A IOTA foi criada em 2015, com uma oferta inicial de moeda para levantar dinheiro, e a quantia total de tokens disponibilizada é fixa: “apenas” 2.779.530.283.277.761 unidades. A IOTA Foundation lançou há algumas semanas um marketplace de dados de IOTA e ele já conta com participantes de peso, como Cisco, Microsoft e Samsung, reforçando a sua possibilidade de sucesso
E, para quem está pensando em investir, comprar IOTA é mais acessível do que fazer o mesmo com bitcoin: um MIOTA vale a US$ 4,50, enquanto a segunda vale US$ 17,5 mil a unidade (1 MIOTA = 1.000.000 IOTAs)
Agradecimentos ao leitor Felipe Michelin pela sugestão da pauta.
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