A Google está considerando integrar todo o time da Nest — empresa especializada em automação residencial — para o seu time de hardware, a fim de aprimorar as soluções do setor e fazer frente a rivais do mercado, declarou uma fonte em uma matéria publicada no Wall Street Journal.
De acordo com a reportagem, exemplos como os desencontros entre a divisão de automação da Google — responsável por dispositivos como o Google Home — e a equipe de marketing do Nest, que muitas vezes precisam “brigar” por alguns serviços feitos pelo mesmo fornecedor, ajudam a consolidar a percepção de que ambos os negócios têm muito em comum e que uma fusão entre áreas poderia trazer benefícios bem significativos para a empresa.
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Do ostracismo à fama
Fundada em 2010, a Nest é uma das pioneiras em automação residencial, desenvolvendo produtos em uma época em que temas como Internet das Coisas eram encarados como exóticos e distantes da realidade. Entre sua carteira de produtos, encontram-se termostatos, câmeras de vigilância e porteiros eletrônicos que podem ser controlados remotamente e funcionam com sensores de detecção de presença.
A Nest foi ganhando fama com o passar dos anos e, em janeiro de 2014, o negócio foi comprado pela Google por US$ 3,2 bilhões. Em 2015, com a criação da Alphabet, ambas as empresas foram divididas como organizações independentes, e a troca de informações acabou diminuindo, apesar de ambas cooperarem continuamente — muitos dos serviços do Nest são integrados ao Google Home, por exemplo.
Dois desenvolvem melhor do que um
Outro argumento que pode ser usado para contribuir com a fusão das empresas é o crescimento das soluções de assistência virtual, como o Echo, impulsionado pela Alexa. Inexistentes há pouco tempo, os produtos da Amazon estão começando a abocanhar uma fatia do mercado grande o suficiente para incentivar a integração do Nest.
Não dá para negar que a parceria seria benéfica: com os conhecimentos do time do Nest, a Google teria a chance de entender melhor como o sistema funciona e desenvolver versões para aprimorá-lo, enquanto o time da Nest contaria com o respaldo de infraestrutura de uma empresa com condições de produzir as soluções criadas pela empresa em maior escala, resultando, quem sabe, na possibilidade de alguns produtos da empresa chegarem em terras brasileiras (sonhar não custa nada).
Não dá para negar que a fusão seria uma solução benéfica para as duas empresas
Até o momento, a Google preferiu não responder às solicitações de imprensa enviadas pelos jornalistas perguntando sobre a possível fusão, mas pode ser que tenhamos novidades em breve.