A Qualcomm anunciou nesta segunda-feira (13) a rejeição de uma proposta de US$ 103 bilhões na qual a empresa passaria para o controle de sua rival, a Broadcom. Caso o negócio tivesse sido aceito, seria a maior aquisição da história no segmento da tecnologia. Com o anúncio, as ações da Qualcomm subiram 1%, sendo comercializadas a US$ 65,25, enquanto as da Broadcom caíram 0,7%, sendo vendidas a US$ 263.
Mesmo com investidores e analistas do mercado em geral acreditando que a proposta seria rapidamente rejeitada, o presidente da diretoria da Qualcomm, Tom Horton, afirmou em um comunicado oficial que a oferta de compra chegou a ser considerada.
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A proposta da Broadcom desvaloriza dramaticamente a Qualcomm e chega com inseguranças regulatórias significantes
“Depois de uma análise compreensiva, conduzida em consulta com nossos conselheiros legais e financeiros, a mesa diretora concluiu que a proposta da Broadcom desvaloriza dramaticamente a Qualcomm e chega com inseguranças regulatórias significantes”, disse Horton.
Não sabemos se a Broadcom pretende fazer uma nova oferta para comprar sua competidora. Contudo, a empresa havia oferecido incialmente US$ 70 por ação, mais do que os US$ 65,25 que cada papel da empresa vale hoje. A Qualcomm provavelmente considerava isso pouco pelo fato de ter uma boa perspectiva de mercado e também um leque de propriedade intelectual valiosíssimo, que raramente é considerado pelo mercado financeiro nas transações de ações.
Contexto
É interessante mencionar também que a Qualcomm não está à venda, mas, mesmo assim, recebeu uma proposta de compra involuntária. Tanto é que a Qualcomm está evolvida em um processo para adquirir uma outra empresa do segmento de semicondutores, a NXP. Essa empresa é especializada na produção de chips para automóveis, e a Qualcomm está oferecendo US$ 38 bilhões pelo negócio. Ao que parece, só falta um ok das autoridades internacionais para isso se concretizar.
A Qualcomm ainda enfrenta um processo legal gigantesco contra a Apple. Existe uma boa possibilidade de perda por parte da fabricante de chips, e isso pode gerar prejuízos significativos para a companhia.
Fontes