O ano de 2017 tem sido de retomada para a Samsung no que toca a reconquista de sua reputação no mundo mobile após o fracasso retumbante do Galaxy Note 7. Entretanto, neste ano, a gigante sul-coreana passa por uma crise ética sem precedentes que culminou na detenção e posterior condenação de seu presidente de fato Lee Jae-yong, herdeiro do “império Samsung”, por corrupção e fraude.
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Agora, o vice-presidente do conselho diretor e presidente de direito da Samsung Kwon Oh-hyun ganha os holofotes ao anunciar a sua retirada da empresa. Em uma carta direcionada aos funcionários da companhia, Oh-hyun justificou a sua saída graças a “crise interna sem precedentes” enfrentada pela fabricante.
“Eu acredito que chegou o momento começar algo novo, com uma liderança jovem e espirituosa para responder melhor aos desafios crescentes de uma indústria de TI que muda rapidamente”, prosseguiu o agora ex-presidente da Samsung. Apesar de não citar nenhum problema de forma mais específica, é evidente que a crise a qual o executivo se refere é a situação Jae-yong com a Justiça sul-coreana.
Futuro temeroso?
No terceiro trimestre de 2017, a Samsung registrou um recorde de lucro ao bater a marca de US$ 12,8 bilhões (estimativa). Apesar disso, Oh-huyn se mostra preocupado com o futuro e usa exatamente uma possível estagnação de novas ideias na empresa como outra justificativa de sua decisão de deixar a empresa.
“Felizmente, nós estamos batendo recordes agora, mas isso é o fruo de decisões e investimentos passados; nós não estamos aptos nem mesmo a chegar perto de encontrar novos motores de crescimento ao interpretar as tendências do futuro”, escreveu em sua carta de despedida.
Apesar do anúncio feito agora, a Samsung tem ainda mais cinco meses para encontrar um substituto para o seu presidente: Kwon Oh-hyun anunciou que permanece à frente da gigante sul-coreana até março de 2018.
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