Para muitas pessoas, os dispositivos lançados pela Apple costumam se enquadrar em uma categoria de “produtos para ricos”. Entretanto, Tim Cook, diretor-executivo da Maçã, revelou em entrevista à Fortune que eles não devem ser encarados assim.
Na ocasião, ele comentou que esses produtos não são voltados para os mais afortunados se levarmos em consideração que há aparelhos custando cerca de US$ 300 – possivelmente se referindo ao iPad (há um modelo que custa US$ 329) e ao iPhone SE (que lá fora sai por US$ 399).
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“Nós precificamos nossos produtos com base nos seus valores, e tentamos fazer os melhores produtos. Isso significa que não fazemos simplesmente mercadorias ou atuamos em vários segmentos. Nós não criticamos quem o faz, é um modelo de negócios perfeitamente aceitável. Mas não é o nosso modelo”, comentou Cook.
Nós precificamos nossos produtos com base nos seus valores, e tentamos fazer os melhores produtos
“Se você olhar a nossa linha de produtos, você pode comprar hoje um iPad por menos de US$ 300. Você pode comprar um iPhone, dependendo do que você escolhe, por algo em torno desse preço. Ou seja, isso não é para ricos. Obviamente nós não teríamos mais de um bilhão de produtos em nossa base ativa instalada se estivéssemos fazendo produtos só para os ricos porque este é um número enorme, não importa quem está analisando”, continuou o executivo.
iPhone SE é um dos produtos com preço baixo da Apple
Luta pelo bem de todos
O bate-papo também serviu para que o chefão da Maçã tocasse em alguns outros pontos, como o fato de até o momento a Apple não ter criado uma fundação que visa gerar lucros para causas sociais ou ambientais (algo em que ele pensou em 2012, mas descartou posteriormente por achar que há um risco da fundação “se tornar uma coisa separada que não está conectada com a empresa”). Entretanto, a companhia está de olho no que diz respeito a questões associadas aos direitos humanos e práticas ambientais.
“Advogamos pelos direitos humanos porque a Apple sempre quis fazer produtos para todos. [...] Também acreditamos que a educação é um grande equalizador, então fazemos o máximo para trazê-lo ao foco principal, e advogamos pela privacidade das pessoas porque vivemos em um mundo onde a tecnologia pode fazer uma série de coisas, mas existem coisas que ela não deveria fazer. Tentamos fazer todas essas coisas na forma que conduzimos nós mesmos e a empresa, mas a forma primária em que nós mudaremos o mundo é através dos nossos produtos, pois tocamos muito mais pessoas dessa maneira”, ressaltou o executivo.
Advogamos pelos direitos humanos porque a Apple sempre quis fazer produtos para todos
A entrevista também serviu para que o funcionário da Apple mencionasse que a Apple tem planos de atuar com mais ênfase na área da saúde (vide o Apple Watch e o HealthKit), mas confessa que a empresa ainda está “riscando a superfície” nesse segmento.
O evento da Apple que vai revelar os novos iPhones está agendado para acontecer nesta terça-feira (12) a partir das 14h (horário de Brasília). Nós estaremos de olho em tudo que acontece por lá, e também teremos uma transmissão ao vivo com comentários referentes a tudo que rolar na ocasião e que você pode acompanhar clicando aqui.
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