Mais um capítulo na novela envolvendo a Qualcomm e a Apple, agora com ataques também a outras gigantes da tecnologia. A fabricante de processadores canadense se posicionou publicamente a acusou o grupo formado por alguns grandes nomes do setor de tecnologia de confundirem as autoridades ao sugerirem que a empresa tenta barrar a concorrência.
Para entender esse ponto, é necessário voltar algumas casas nesse imenso tabuleiro. Após ser processada pela Apple em janeiro acusada de cobrar royalties indevidamente, a Qualcomm solicitou à Justiça dos Estados Unidos a interrupção das importações de iPhones para o país norte-americanos que não usassem os chips de modem fabricados pela própria Qualcomm.
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Como os iPhones e iPads que não usam os modens da Qualcomm utilizam peças fabricadas pela Intel, a Intel foi convidada pelas autoridades a se posicionar sobre a rival. Em comunicado, a companhia acusou a adversária de usar uma suposta violação de patentes por parte da Apple para tentar minar o avanço de sua última concorrente no setor de processadores mobile.
Qualcomm contra-ataca
Eis que agora, nesta quarta-feira (26), a Qualcomm se posicionou sobre os acontecimentos recentes, que incluem inclusive a formação de uma coalisão de gigantes como Apple, Intel, Facebook, Google e Amazon para combater as práticas de mercado supostamente pouco saudáveis da fabricante de chips.
Acusando o grupo de “confundir” as autoridades ao pintar as acusações da Qualcomm de tentativa de impedir o avanço da concorrência, a empresa alegou que não há nenhum problema na relação da Apple com outros fornecedores desde que isso não viole as suas patentes. “A Apple pode comprar e usar o modem LTE que ela preferir contato que isso não infrinja as patentes da Qualcomm”, declarou em comunicado.
Em resposta, a Maçã apenas reafirmou a postura de que a Qualcomm estaria “taxando a inovação da Apple” ao cobrar o licenciamento da tecnologia e também uma taxa extra a cada venda de iPhones ou iPads equipados com seus componentes.
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