(Fonte da imagem: Ars Technica)
As memórias que temos desaparecem de nosso cérebro com o tempo, dando espaço para novas imagens e experiências de vida. Entretanto, um estudo afirma que é possível manter as memórias disponíveis por mais tempo em nosso cérebro, com a ajuda dos vírus.
A pesquisa, publicada na revista Science, mostra que nosso cérebro possui uma proteína específica, a Quinase M Zeta (ou Kinase M ζ), responsável por controlar a preservação de nossa memória. Há alguns anos atrás, os mesmos autores desse estudo afirmaram que era possível, ao retirar a proteína, apagar memórias que seriam danosas a um ser humano.
Pois o caminho contrário também pode ser feito. Ao inserir mais enzimas da Quinase em nosso cérebro, podemos manter certas vivências por muito mais tempo do que o normal. Para isso acontecer, entretanto, é necessário que um vírus geneticamente modificado seja inserido em nossa massa encefálica, produzindo a proteína.
A proteína, inclusive, melhorou o desempenho com memórias que haviam sido previamente gravadas, antes mesmo da inserção do vírus no cérebro. Atualmente, os testes estão sendo realizados em ratos, inserindo uma agulha com o vírus diretamente no neocórtex cerebral dos animais.
De acordo com o estudo, a longo prazo será possível criar pílulas que ajudam na retenção da memória, melhorando o desempenho de pessoas nos estudos, amnésia e piora da lembrança em idade avançada. O estudo ainda está em estágio inicial, sendo necessários vários anos para uma conclusão definitiva sobre o assunto, porém já parece um tanto quanto promissor.