Para muitas pessoas, sinônimo de velocidade é ter um SSD instalado em seus computadores. Porém, uma memória construída por engenheiros da Universidade de Oxford e do Instituto de Tecnologia Karlsruhe promete ir ao além ao entregar ao usuário a possibilidade de transmitir dados 100 vezes mais rápido se comparado a um SSD.
Segundo informações divulgadas, esse novo tipo de memória usa luz para realizar a troca de dados dentro dos chips. Com esse modelo, não seria necessário converter os sinais elétricos em luz e, posteriormente, fazer o processo inverso, pois bastaria usar apenas uma luz para ler e armazenar os dados de forma definitiva.
“Os bits ópticos podem ser escritos a frequências de até um giga-hertz. Isso permite um armazenamento de dados extremamente rápido em nossa memória fotônica”, explicou Wolfram Pernice, professor do Instituto de Tecnologia Karlsruhe e um dos responsáveis pelo projeto em questão.
Entendendo o processo
Para chegar a esse resultado, a equipe usou a tecnologia que permite que CDs, DVDs e Blu-rays regraváveis criem chips de memória não voláteis. Ela também recorreu a um material de mudança de fase conhecido como GST (feito de germânio, telúrio e antimônio), que também é usado nas mídias citadas anteriormente.
Outro detalhe mencionado é que a mudança de fase cristalina para amorfa (e vice-versa) é feito por pulsos de luz ultracurtos, e para a leitura dos dados são utilizados pulsos de luz mais fracos que os vistos na gravação.
“O sistema de armazenamento fotônico poderia melhorar muito o desempenho nas arquiteturas existentes ao diminuir as latências associadas a memórias elétricas e eliminar potencialmente as conversões optoeletrônicas. Além disso, memórias fotônicas de mais de um nível com acesso aleatório podem permitir ampliar ainda mais as capacidades computacionais”, explicou o time responsável pelo projeto.
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