A fabricante chinesa Meizu está cada vez mais consolidada no mercado de grandes marcas, deixando para trás o preconceito com as empresas de origem chinesa. Com seu mais novo dispositivo, o Meizu Pro 6, essa transição já pode ser dada como certa.
O aparelho foi anunciado nesta quarta-feira (13) em Pequim e está recheado de destaques que rendem uma manchete — incluindo o processador com dez núcleos, algo que a Meizu alega ser único no mercado, e uma tecnologia de toques na tela que é equivalente e concorre com o 3D Touch da Apple.
É muito núcleo
A Meizu está apostando alto na publicidade ao falar sobre o dispositivo deca-core. Ao todo, esses são os cores que compõem o processador do Meizu Pro 6: dois A72 a 2,5 GHz; quatro A53 a 2 GHz; e outros quatro A53 a 1,4 GHz.
O chip torna o aparelho perfeito para games e vídeos.
Só que as desconfianças já começaram. Teoricamente, o novo chip é um retrocesso, já que volta do processo de fabricação de 14 nm para o de 20 nm, além de ter um desempenho menor que o do Pro 5, que utilizava um Exnos 7420. Porém, a fabricante está confiante de que a novidade aumenta a eficiência do uso de energia, sem comprometer o desempenho e garantindo economia — especialmente por conta da alta quantidade de núcleos dividindo as tarefas e colaborando entre si.
O 3D deles
O visual do novo Meizu Pro 6 não apresenta grandes novidades em relação ao modelo anterior — o grande choque é que a tela passa de 5,7", um phablet, e vai para 5,2", um mercado já de smartphones. Ele tem um corpo metalizado único e se gaba por contar com as menores linhas de antena do mercado (aqueles detalhes horizontais na traseira que também estão presentes em modelos mais recentes do iPhone).
A tecnologia vai rivalizar com a da Apple no Android.
Mas a maior comparação com o dispositivo da Apple vem mesmo com a tecnologia 3D Press, uma "rival" da 3D Touch. A ideia é a mesma: uma sensibilidade adicional na pressão do toque do seu dedo no display, criando mais possibilidades de interação com o aparelho. Até o visual da função sendo aplicada (com o fundo meio embaçado) é similar.
Especificações técnicas
- Sistema operacional: Android 6.0 com FlyMe 5.6
- Tela: Super AMOLED de 5,2" (1920 x 1080 pixels)
- Processador: deca-core MediaTek Helio X25
- GPU: Mali T880MP4
- Memória RAM: 4 GB
- Armazenamento interno: 32 GB ou 64 GB
- Câmera: 21 MP (traseira) e 5 MP (frontal)
- Bateria: 2.560 mAh
- Conectividade: WiFi 802.11a/b/g/n, Bluetooth 4.1, GPS/GNSS, 2G, 3G, 4G LTE, dual-SIM, USB-C 3.1
- Medidas: 147,7 x 70,8 x 7,25 mm
- Peso: 160g
A câmera permanece a mesma do Pro 5, enquanto a skin FlyMe 5.6, que ficará por cima do Android Marshmallow 6.0, ainda segue um mistério. Já se sabe que há um sensor biométrico tanto para desbloqueio do aparelho quanto integrando o mTouch, o sistema de pagamento mobile da marca. A empresa ainda garante que o sistema de som NXP Smart PA é a melhor solução para alto-falantes, com um chip que regula a vibração do aparelho e extrai o máximo de desempenho do equipamento na hora de reproduzir áudios.
Downgrade?
Mas o público reagiu mal a vários aspectos: além do chip, há a bateria. A quantidade de mAh não diz sozinha se a energia do aparelho esgota-se rápido, mas a capacidade de armazenamento é com certeza baixa para um aparelho top de linha atual. Até agora, os fãs estão se dividindo entre quem aprova as mudanças e quem acusa a Meizu de fazer um downgrade, ou seja, retroceder em relação a vazamentos anteriores e à geração Pro 5.
Disponibilidade
A pré-venda do Meizu Pro 6 já começou lá fora para entregas ainda no final de abril. O aparelho não tem previsão de ser lançado por enquanto na América Latina. Na China, a versão de 32 GB sai pelo equivalente a R$ 1,3 mil, enquanto a de 64 GB custa R$ 1,5 mil.
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