(Fonte da imagem: Aurich Lawson/ArsTechnica)
Se você usava o Megaupload como um serviço de hospedagem e não apenas para baixar arquivos que outras pessoas ofereciam, certamente seu fechamento no último mês de janeiro deve ter sido ainda mais doloroso. Afinal, mais do que simplesmente perder links, arquivos armazenados em seus servidores foram perdidos para sempre, mesmo que eles não tivessem nada a ver com pirataria.
Foi exatamente para lidar com esse tipo de situação que os advogados do site de Kim Schmitz entraram na justiça. De acordo com o site Torrent Freak, a ideia é resgatar documentos hospedados no serviço para que os usuários possam recuperá-los e fazer um backup.
Em entrevista à página, Schmitz explica que sua equipe já está correndo atrás dos dados das pessoas cadastradas em seu site para que lhes seja oferecido o download e que a liberação desse conteúdo depende somente do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Talvez o grande empecilho nessa medida seja exatamente o acesso à pirataria. Ainda que a proposta tente “devolver” conteúdo legal a seus respectivos donos, ela também pode servir de brecha para que as pessoas que usavam o Megaupload como centro de distribuição de conteúdo impróprio recuperem aquilo que foi perdido com o fechamento do serviço. Com isso, seria apenas uma questão de tempo para que outra página se transformasse em uma nova “ilha pirata”.
Usuários protestam
Várias pessoas iniciaram campanhas de protesto na tentativa de liberar o acesso a esse tipo de conteúdo legal que foi “apreendido” nos servidores do Megaupload. Muita gente reclamou de fotos e vídeos pessoais que ficaram inacessíveis da noite para o dia sem que houvesse a possibilidade de recuperá-los.
Já a Electronic Frontier Foundation, grupo que luta pelo direito de expressão na internet, também pediu que esses documentos sejam liberados e ainda criticou a decisão que culminou no fechamento do site. De acordo com a fundação, a medida pode ter um reflexo muito mais negativo do que aquilo que estamos vendo agora, podendo até mesmo comprometer o desenvolvimento da computação nas nuvens.
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