Acusado pelos Estados Unidos de violação de direitos autorais, pirataria e lavagem de dinheiro, o fundador do Megaupload conseguiu se livrar da prisão na última semana. Kim Dotcom foi procurado pelas autoridades da Nova Zelândia que, em nome de procuradores norte-americanos, alegaram violação de fiança por “contato indireto com um de seus acusados”.
Para os EUA, o oficialmente quebrado e contundente Dotcom “é um risco de fuga, pois tem dinheiro suficiente para sair do país”. Ele teria também sido desonesto sobre suas finanças atuais, tentando vender um Rolls Royce em Londres. Mas o juiz Nevin Dawson tratou apenas de estabelecer novas condições à pena de Dotcom em sua liberdade sob fiança.
Agora, o ex-bilionário terá não apenas de se encontrar ao menos duas vezes por semana junto de policiais: viagens de avião e barco estão proibidas. O pouco discreto empreendedor tem direito apenas a trafegar por meio de trânsito comercial ou público. “Foi uma boa vitória hoje, mas também outra tentativa por parte do governo dos EUA de tirar minha liberdade – isso é inaceitável”, disse Kim Dotcom em entrevista ao portal Ars Technica.
Kim Dotcom é conhecido como o fundador do extingo Megaupload, site de hospedagem de arquivos fechado em 2012 pelo Departamento de Justiça dos EUA devido a violações de direitos autorais. O dano gerado a artistas e empresas ficou estimado em mais de US$ 500 milhões.
O executivo afirma que o serviço Mega, seu novo site, tem 15 milhões de usuários registrados. Ainda assim, o figurão afirma estar falido. Dotcom enfrenta processos movidos pela Motion Picture Association of America (MPAA) e também responde a um caso de confisco civil datado de julho deste ano.
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