Megaupload levou consigo arquivos únicos, irreproduzíveis. (Fonte da imagem: Reprodução/UnWire)
O já extinto Megaupload velou não apenas algumas toneladas de conteúdo pirata. Junto disso, pouco mais de 10 milhões de arquivos foram simplesmente deletados dos servidores do falecido e contundente site. Essa constatação é fruto de uma pesquisa conduzida pela universidade de Northeastern que, ao analisar uma amostragem composta por 1000 arquivos, revelou dados no mínimo curiosos.
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A partir da seleção manual dessa milhar de extensões enviadas (que poderiam ser legais, piratas ou “indefinidas”), uma porcentagem foi construída. Eis os resultados computados pelo estudo: 31% do conteúdo armazenado pelo Megaupload era claramente ilegal, 65% dos arquivos foram classificados como “indefinidos” e, finalmente, 4% dos registros (algo que ultrapassa os 10 milhões de arquivos) eram, de fato, legais.
Não parece muito, parece?!
Se considerarmos essa dezena de milhões de extensões deletadas à luz de um contexto mais amplo, naturalmente logo uma ideia vem à mente: 10 milhões de arquivos perdidos não é lá muita coisa... Contudo, e conforme bem especificam as intenções da pesquisa responsável por publicar estas informações, grande parte do material outrora hospedado no Megaupload era autoral.
Kim Dotcom, criador do extinto Megaupload. (Fonte da imagem: Reprodução/Au.Ibtimes)
Grosso modo, significa dizer que os arquivos legais velados pelo extinto site eram, também conforme afirmam os pesquisadores de Northeastern, únicos e, portanto, irreproduzíveis. O direito de autoria reserva apenas aos responsáveis pela criação de um registro intelectual qualquer o total domínio sobre suas obras.
E não somente “material de relevância científica” foi apagado; se você, na falta de um pendrive ou cartão de memória, decidiu guardar suas fotos de família no Megaupload, nossos pêsames. Dez milhões de registros pessoais (e legais!) destruídos pode até não parecer uma grande perda. Mas o “valor agregado” desses arquivos, certamente, é irrecuperável.
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