Diatraea saccharalis (Fonte da imagem: Reprodução/Embrapa )
De acordo com a BBC, com a crescente demanda por produtos livres de agrotóxicos muitos fazendeiros estão lançando mão da própria natureza para controlar a propagação e até mesmo eliminar diversos tipos de praga. E a BBC cita os brasileiros como exemplo do emprego de técnicas de biocontrole em suas plantações.
Segundo a publicação, agricultores do estado de São Paulo estão utilizando ovos de vespa para acabar com as brocas da cana-de-açúcar — Diatraea saccharalis —, uma espécie de mariposa que devora essas plantas. Depois que as vespas nascem, elas injetam os seus ovos dentro das brocas, evitando dessa forma que a peste se propague.
Os resultados obtidos com biocontrole estão fazendo com que cada vez mais fazendeiros troquem os velhos inseticidas pelos poderosos insetos, e esse tipo de técnica envolve o uso de um predador natural de uma determinada praga ou a introdução de uma espécie exótica para atacar as infestações. Além disso, os exterminadores naturais não precisam necessariamente ser outros insetos, podendo também se tratar de bactérias e fungos.
Espécies exóticas e desequilíbrio
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia )
Não são apenas os insetos e os fungos que podem acabar destruindo cultivos inteiros. Também existem alguns animais que, seja porque foram introduzidos como espécie exótica em uma determinada região ou porque a população acabou crescendo demais devido a algum desequilíbrio ecológico, acabam se transformando em verdadeiras pragas.
Para solucionar o problema, primeiro as autoridades devem aprovar qualquer tipo de ação, mas existem técnicas que podem provocar a esterilidade de determinados bichinhos “descontrolados”.
O outro lado da moeda
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia )
Apesar de o biocontrole ser uma excelente opção para driblar a ação dos mais variados tipos de pragas, além de substituir o uso dos terríveis agrotóxicos, essa técnica nem sempre é 100% efetiva, podendo inclusive eliminar um problema e causar outro maior. Dentro de um sistema biológico, é impossível determinar com exatidão qual será o resultado da introdução de um predador natural para eliminar uma infestação, e a escolha deve ser extremamente cuidadosa.
Assim como existem inúmeros exemplos de sucesso relacionados ao emprego do biocontrole, também existem histórias catastróficas de como as coisas podem dar errado. E para garantir que o agente biológico que será introduzido desempenhará a ação esperada, é necessário realizar extensos estudos que avaliem os riscos e os benefícios de cada situação.
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