(Fonte da imagem: Reprodução/The Guardian)
De acordo com uma notícia publicada pelo The Guardian, uma das companhias detentoras dos direitos autorais do filme “O Hobbit” proibiu que arqueólogos utilizem o termo que designa o pequeno povo que habita a Terra Média para se referir ao Homo floresiensis, hominídeo pré-histórico descoberto na Ilha de Flores, na Indonésia.
O Homem de Flores — espécie humanoide descoberta em 2003 e que os arqueólogos acreditam estar extinta há aproximadamente 12 mil anos — apresenta como principal característica espécimes com alturas estimadas em aproximadamente um metro, recebendo o apelido de Hobbit por essa razão. O nome carinhoso serviu, inclusive, para popularizar a descoberta, e durante vários anos os arqueólogos se referiram ao hominídeo dessa forma.
Marca registrada
Contudo, a proibição surgiu quando um pesquisador da Victoria University, na Austrália, consultou a companhia Saul Zaentz Company/Middle-earth Enterprises, detentora de direitos autorais do filme, sobre a utilização do título “O Outro Hobbit” durante uma palestra sobre o Homem de Flores. Segundo a publicação, o pedido foi negado sob a alegação de que a marca registrada não poderia ser empregada para uso genérico.
A palestra gratuita, programada para ocorrer simultaneamente ao lançamento do esperado filme, foi renomeada, tendo o termo “Hobbit” substituído por “Little People” (ou Povo Pequeno, em tradução livre), embora o Homem de Flores continue sendo conhecido entre a comunidade científica pelo carinhoso apelido emprestado da obra de J.R.R. Tolkien.
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