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O gás Hélio é o segundo elemento químico na tabela periódica, utilizado comumente para encher balões ou para ser ingerido (em quantidades muito diminutas) e deixar as pessoas com uma voz de pato muito engraçada. No entanto, o planeta Terra corre o risco de ficar sem esse elemento dentro dos próximos 30 anos.
A grande importância desse gás nobre está intrinsecamente relacionada com pesquisas científicas e com aplicações na área da medicina (como em scanners que fazem ressonâncias). De acordo com o jornal inglês The Guardian, Oleg Kiricheck, líder de um departamento do Rutherford Appleton Laboratory, no Reino Unido, teve que cancelar um importante experimento que visava trabalhar com as estruturas da matéria. O motivo? O laboratório ficou sem estoques de gás Hélio.
O cientista esbravejou contra as pessoas que utilizam largamente esse gás nobre para encher balões de festas e vê-los se perder na atmosfera. “Sem contar quem o usa para deixar a voz esganecida (...) isso é muito, muito estúpido e me deixa irritado!”, desabafa Kirichek. O gás Hélio é um gás inerte, que não reage com outros produtos químicos, sendo, portanto, seguro para manuseio comum. Outra propriedade do gás é desacelerar o fluxo de movimento dos átomos para fins de estudos, o que facilita imensamente a pesquisa.
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O mundo só conta com um estoque limitado do gás, que é liberado através de processos químicos realizados em indústrias. A extração de petróleo, por exemplo, pode acertar acidentalmente bolsões subterrâneos do elemento, que não pode ser produzido artificialmente. “Nós estamos desperdiçando um dos recursos mais preciosos da Terra”, conclui Kirichek.
Então, a partir de agora, nada de vozes esganiçadas e balões que flutuam no ar em respeito a todo o planeta.
Fonte: The Guardian
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