(Fonte da imagem: Reprodução/FAS)
Se você morre de medo de guerras biológicas ou acredita que epidemias de vírus podem devastar a Terra, tem agora mais um motivo para confirmar suas teorias: o Gizmodo publicou nesta semana um mapa dos laboratórios de contenção de ameaças biológicas espalhados pelo mundo. Embora os locais sejam totalmente seguros, isso abre algumas possibilidades para quem já carrega uma pontinha de paranoia.
O mapa foi feito pela Federação dos Cientistas Americanos e mostra as áreas que contam com instalações de biossegurança dos níveis 3 e 4, o que seriam os grandes laboratórios para contenção de patogenias emergentes de alto risco. No mapa aparece o Laboratório Klaus Eberhard Stewien, que ocupa 50 m² do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, em São Paulo.
O laboratório da USP é apontado como NB3. Nele, são feitas pesquisas e diagnósticos envolvendo agentes que possam causar doenças sérias e/ou possivelmente letais por sua inalação ou exposição. Para manipulação, é necessário usar roupas protetoras e câmaras de segurança biológica, como na imagem abaixo.
(Fonte da imagem: Reprodução/Departamento de Microbiologia da USP)
Além disso, todo o ar que sai do laboratório precisa passar por um tratamento especial, para que não haja risco de contaminação. Com um filtro de ar especifico, 99,97% das partículas com 103 micrômetros são retidas, o que garante que quaisquer agentes sejam impedidos de sair do ambiente.
Já as instalações de nível 4 são tidas como as mais perigosas por tratarem com microrganismos que apresentam alto risco letal. Nesse caso, os laboratórios funcionam em prédios próprios ou em áreas totalmente isoladas do resto da construção, de modo que seja impossível a entrada de insetos.
Um dos itens essenciais de segurança para laboratórios de nível 4 é a higiene dos funcionários. Ninguém pode entrar ou sair do ambiente sem antes trocar suas roupas e passar por uma ducha, em uma sala de banho específica. A própria sala de roupas já conta com filtros de ar especiais e não há qualquer contato entre os trajes do laboratório com os usados em ambientes externos. Além disso, todos os suprimentos ficam em ambientes de portas duplas e automáticas, passando por todo o processo de descontaminação a cada uso.
Para quem não entende o motivo de tanta preocupação, o Gizmodo especifica uma breve lista de doenças que são manipuladas nas estações de nível 4. Entre elas estão o ebola e a gripe aviária. Aproveite para conferir abaixo uma galeria de imagens do Laboratório Klaus Eberhard Stewien, em São Paulo. Se quiser, você também pode conferir a versão interativa do mapa clicando neste link.
Fontes: Gizmodo, FAS, Departamento de Microbiologia da USP
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