(Fonte da imagem: iStock)
De acordo com o site Nature, arqueólogos da Universidade de Boston descobriram em uma caverna da África do Sul cinzas de grama e folhas, além de fragmentos de ossos. Os restos foram encontrados a uma profundidade de 30 metros, o que significa que a descoberta data de aproximadamente um milhão de anos atrás.
A caverna, chamada Wonderwerk, é um dos sítios mais antigos de que se tem notícia. Ela mostra evidências de uso datando de dois milhões de anos atrás, sendo conhecida por ter servido de abrigo para antigos hominídeos. A área escavada onde os restos foram encontrados está localizada no fundo da caverna, bem longe do alcance de raios ou outros materiais que pudessem entrar em combustão, levando os arqueólogos a concluir que a fogueira deve ter sido obra dos antigos habitantes do local.
Debates sobre os cozinheiros
Embora a comunidade científica aceite o fato de que as evidências encontradas realmente sugiram que os hominídeos pudessem fazer uso do fogo, ainda existe um forte debate com respeito a se esses povos usavam esse elemento regularmente, ou não, para cozinhar. Para comprovar essa hipótese, os arqueólogos teriam que encontrar um número suficiente de fogueiras para dar força à teoria.
Os vestígios mais antigos de uso do fogo de que se tem notícia estão localizados na África do Sul, em um sítio conhecido como Swartkrans, e em Gesher Benot Ya`aqov, Israel, ambos datando de 1,5 milhão e 800 mil anos atrás, respectivamente. Os dois ficam em locais abertos, o que significa que o fogo pode ter sido provocado por fenômenos naturais. Assim, a evidência mais antiga — comprovada — do uso do fogo para cozinhar data de 400 mil anos, ou seja, menos da metade do tempo que possuem as evidências encontradas em Wonderwerk.
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