Um novo estudo piloto está utilizando uma abordagem inovadora para a detecção de batimentos cardíacos irregulares, sendo chamado de “FaceTime” para diagnósticos desse tipo. Além disso, os resultados dessa pesquisa foram publicados recentemente na revista Heart Rhythm.
A fibrilação atrial, uma forma comum de ritmo cardíaco anormal, afeta mais de 3 milhões de americanos, mas estima-se que 30% das pessoas com esse problema não são diagnosticadas.
O estudo testou uma nova ferramenta de diagnóstico, que usa a webcam para problemas cardíacos, e foi conduzido por pesquisadores da Escola de Medicina e Odontologia da Universidade de Rochester e a Xerox.
Nele, os pesquisadores programaram uma webcam com um algoritmo desenvolvido pela Xerox para realizar uma varredura de rostos para detectar mudanças na coloração da pele. Certas mudanças nesse tipo de coloração, indetectáveis ao olho humano, podem indicar se a pessoa está com arritmia cardíaca.
A webcam é programa para procurar por altos níveis de hemoglobina, que resultam mais em um espectro de luz verde. Assim, o processo funciona através da detecção de reflexões de luz verde, com os pulsos de sangue no rosto. Uma vez que a pele da face é mais fina e os vasos sanguíneos são mais próximos à superfície, isso torna mais fácil detectar as mudanças no sangue.
O estudo
Os pesquisadores ligaram 11 pessoas com fibrilação atrial a um eletrocardiograma, para que fosse possível medir a atividade elétrica do coração, enquanto realizavam 15 segundos de escaneamento facial. Assim, eles descobriram que a mudança de cor captada pela câmera correspondeu à frequência cardíaca detectada.
Considerando que esse é apenas um estudo piloto, muitas pesquisas ainda precisam ser realizadas. Os condutores desse estudo estão no processo de montar algo mais complexo e com a mesma tecnologia, usando pessoas mais diversificadas, incluindo participantes com e sem fibrilação atrial.
“Esta tecnologia tem o potencial para identificar e diagnosticar a doença cardíaca com monitoramento de vídeo sem contado”, afirmou Jean-Philippe Courdec, um dos pesquisadores da Universidade de Rochester, em um comunicado de imprensa. “Este é um conceito muito simples, mas que poderia permitir que mais pessoas com fibrilação atrial possam obter o cuidado que elas precisam”.
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