Muito comum em filmes de ficção científica, a tecnologia de animação suspensa consiste na desaceleração dos processos fisiológicos vitais por meios externos sem levar à morte. Isso poderia ser usado em viagens espaciais longas, já que isso possibilitaria o uso de tecnologias que prolongariam a vida humana. Agora, cientistas anunciaram estarem próximos dos primeiros testes de animação suspensa com pessoas.
Cientistas do UPMC Presbyterian Hospital, em Pittsburgh, revelaram que os primeiros testes de animação suspensa devem ser feitos em breve, com 10 pacientes com males que podem ser fatais caso sejam operados.
Um time de cirurgiões removerá o sangue dos pacientes, substituindo-o por uma solução salina especial que resfria o corpo, desacelerando as funções do organismo, retardado morte por perda de sangue.
Em entrevista à publicação New Scientist, o Dr. Samuel Tisherman disse que os cientistas não gostam de chamar o processo de “animação suspensa” pois isso parece demais com ficção científica, preferindo chamar a operação de “preservação e reanimação de emergência”.
Testes com animais trouxeram bons resultados
Em 2000, cientistas conseguiram realizar o processo de “preservação e reanimação de emergência” em porcos, apresentando uma taxa de sucesso de 90 por cento.
O procedimento é, no momento, útil apenas para pacientes com males severos e ferimentos em que a taxa de sobrevivência é de até 7%. Parte da verba do projeto vem do exército americano, que teve a ideia de financiar a tecnologia ainda na época da Guerra do Vietnã, em que cirurgiões notaram que a perda de sangue entre os cinco e vinte primeiros minutos após o ferimento causava a morte.
Mesmo com o avanço da tecnologia, ainda é um pouco cedo para pensar na sua aplicação em outros lugares, como as já citadas viagens espaciais. Atualmente, o procedimento é válido para prolongar a vida dos pacientes por, aproximadamente, quatro horas.
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