Uma dos produtos mais potentes e mais caros do portfólio da Apple é o Mac Pro. Concebido com design inovador, o computador é voltado para aqueles que precisam de uma estação de trabalho de primeira linha. Porém, o preço final é equivalente a um carro popular, o que o torna um produto para poucos.
Testamos a versão mais robusta do Mac Pro. Ela conta com processador hexa-core Intel Xeon E5, 2 GPUs AMD FirePro 500 e 16 GB de RAM em sua configuração convencional. Mas será que vale a pena investir uma quantia tão alta em uma estação de trabalho como o Mac Pro? Nossa opinião sobre ele é o que você confere agora.
Design
Não há como negar: o aspecto que mais chama atenção no Mac Pro é o design. Para alguns, ele pode lembrar uma lixeira, mas a verdade é que o seu formato cilíndrico esconde um belíssimo trabalho de engenharia. A ideia é oferecer o máximo de potência em uma máquina com ótima refrigeração e quase nenhum barulho.
Pesando pouco mais de cinco quilos, o modelo conta com quatro conectores USB 3.0, seis conectores Thunderbolt 2 e uma entrada HDMI 1.4. O acesso a todas elas é simples e descomplicado. Ao retirar a tampa do gabinete, a estrutura de construção do produto impressiona. O capricho na disposição das peças e nos mínimos detalhes de acabamento revela que, de fato, estamos diante de um produto diferenciado.
Pentes de memória, chips gráficos e unidade de armazenamento estão dispostos de forma a otimizar o espaço. Seu formato ainda prioriza um núcleo térmico unificado, aumentando o fluxo de ar. Em vez de usar vários dissipadores de calor, aqui a peça única de alumínio se encarrega de levar o ar quente para longe da GPU e da CPU.
Em termos de estrutura de engenharia, sem dúvida esse é um dos trabalhos mais inteligentes já concebidos pela Apple. Você pode até não simpatizar com o seu visual, mas é preciso reconhecer os seus méritos.
Desempenho
Em primeiro lugar, pense no Mac Pro como uma estação de trabalho. Embora você possa jogar com ele, não é essa sua proposta. A ideia aqui é proporcionar um ótimo desempenho no uso de softwares como Premiere, Illustrator, Final Cut X ou Photoshop. Em tarefas como essas, ele se sai muito bem.
Em termos de configuração, você encontrará outras máquinas com hardware melhor e preço mais acessível. Porém, isso não significa que o desempenho será melhor, já que no Mac Pro o grande segredo é a otimização do software, o que torna a estação de trabalho estável, rápida e bastante eficiente.
A versão que testamos é a mais robusta, com processador Intel Xeon E5 de 6 núcleos e duas GPUs AMD FirePro D500. Juntamente com 16 GB de RAM, essa configuração é mais do que suficiente para não deixar na mão aqueles que costumam trabalhar com softwares que exigem mais.
Vale a pena?
Se você for pesquisar configurações de hardware, certamente encontrará uma opção com Windows que custará menos. Entretanto, para aqueles que fazem questão de trabalhar com o ecossistema da Apple, é inegável que o Mac Pro oferece o máximo em desempenho para quem precisa de uma estação de trabalho.
No Brasil, o preço torna sua aquisição praticamente inviável. Afinal, o modelo custa quase R$ 28 mil por aqui. Nos Estados Unidos, a mesma versão sai por US$ 4 mil, o equivalente a metade do preço em reais. O valor também é alto, mas parece mais razoável se levarmos em consideração tudo o que o produto oferece.
Apesar disso, a qualidade é inegável. Em nossos testes, mesmo as tarefas mais pesadas rodaram com suavidade, sem travamentos ou tempos de carregamento excessivos. O tamanho reduzido e a ausência quase que total de ruídos são outros aspectos que também chamam atenção.
Pensar na compra de um Mac Pro é como comprar uma Ferrari. Para ir de um ponto a outro, você não precisa necessariamente de um carro tão caro. Mas ter um carro desses fará com que você possa se locomover com o máximo de conforto e estilo. Ou seja: se você está disposto a pagar por esses diferenciais, não pense duas vezes. Agora, se você procura um produto com bom custo-benefício, passe longe.