Pouco a pouco, o LinkedIn tem se mostrado uma ferramenta essencial para que muitos profissionais consolidem contatos no mundo corporativo, se mantenham competitivos no mercado de trabalho e fiquem disponíveis para possíveis propostas de emprego e conversas com headhunters. Agora uma nova ferramenta deve permitir que você compare o seu salário com a de outros usuários da mesma área, mostrando o quanto os seus ganhos estão longe da média do segmento e em quais locais e empresas o pagamento é mais recompensador.
A novidade foi anunciada na última quarta-feira (2) e é o primeiro grande recurso a ser incluído na plataforma depois que o portal foi adquirido pela Microsoft. A ideia é que a seção Salary ofereça um amplo campo de pesquisa para que você saiba exatamente como uma série de fatores afeta os seus ganhos profissionais. Pequenos ajustes na sua experiência no ramo, nível de educação e até localização da companhia, por exemplo, podem fazer com que um salário anual de US$ 100 mil salte facilmente para US$ 150 mil ou caia para US$ 85 mil.
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Com o Salary, fica mais fácil descobrir o seu valor para o mercado de trabalho
Com isso, a plataforma acaba agregando um recurso que popularizou sites como Glassdoor nos EUA e Love Mondays aqui no Brasil – que coletam anonimamente informações dos internautas para criar tabelas de ganhos nos mais variados setores. A diferença, com a iniciativa do LinkedIn é que o portal conta com uma carteira consideravelmente maior de usuários, possibilitando que a amostra de salário seja ainda mais precisa do que a dos concorrentes e se integre ao sistema tradicional do site.
Apenas no período de testes da função, mais de um milhão de salários foram coletados
Isso significa que, sim: para participar do projeto é preciso deixar de lado o costume de não revelar o seu salário e abrir o jogo com a plataforma social. Não precisa se preocupar, todos esses dados ficam escondidos do público geral e criptografados com a tecnologia RSA-2048 – o que deve evitar que eventuais invasões ou vazamentos do sistema revelem informações bastante delicadas. As garantias do LinkedIn parecem ter surtido efeito, uma vez que, apenas no período de testes da função, mais de um milhão de salários foram coletados.
Vale a pena estudar mais ou mudar de cidade? Confira na hora!
Segundo Ryan Sandler, gerente de produto do LinkedIn, a empreitada deve “ajudar as pessoas a entender que decisões elas podem tomar agora para aumentar seu salário no futuro”. Na página do novo recurso, depois de selecionar cargo e local, é possível aplicar uma série de filtros para conferir o pagamento para os profissionais da categoria, patamar das comissões e quanto as empresas costumam pagar como bônus para os funcionários – tudo em uma interface minimalista e bastante ágil.
Alterar os anos de experiência na tela de resultados, por exemplo, faz com que os números e os gráficos apresentados mudem automaticamente para refletir o quanto isso impacta sobre os salários do setor. Combinando esse e outros elementos, dá para avaliar se o mercado valoriza mais os veteranos ou um bom curso de pós-graduação. Adicionalmente, a ferramenta pode mostrar quais regiões estão mais aquecidas para a contratação de funcionários e quais segmentos estão injetando mais dinheiro em sua força de trabalho.
Já é possível conferir e analisar com muito mais propriedade ofertas de emprego no exterior
Por enquanto, a funcionalidade só estreou oficialmente nos Estados Unidos, no Canadá e no Reino Unido, com a perspectiva de ser implantado no resto do mundo ainda em 2017. Isso quer dizer que, ainda que as empresas e vagas brasileiras ainda não estejam incluídas no Salary, já é possível conferir e analisar com muito mais propriedade ofertas de emprego no exterior. Você compartilharia o seu salário no LinkedIn para ganhar uma ajudinha na sua carreira?
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