Ao que tudo indica, a Lenovo ainda parece estar aparando as rebarbas e tentando encontrar a melhor estratégia para lidar com a sua instável divisão mobile depois que comprou a Motorola das mãos da Google. Depois de sofrer um prejuízo operacional de centenas de milhões de dólares no último trimestre, a última informação é que a companhia deve limar de vez uma de suas linhas de celulares para manter o foco e ganhar mais força no setor. A escolhida da vez para deixar o cenário é a marca Vibe.
De acordo com o portal taiwanês Digitimes, a nova restruturação deve fazer com que a família especializada tanto em dispositivos intermediários como em modelos de alto desempenho sejam completamente substituídos pelo catálogo de produtos com os selos Lemon e, sim, Motorola. Embora a Vibe tenha recebido uma boa quantidade de anúncios neste ano – como os Vibe P1, S1 e X3, por exemplo –, as chances são de que esses serão os últimos modelos a chegar às lojas com essa nomenclatura. Isso se forem realmente lançados, claro.
Segundo a reportagem originalmente veiculada no site chinês QQ, Chen Xudong, presidente do setor mobile da Lenovo, afirmou que essa estratégia será realmente utilizada no futuro próximo – embora não haja uma data firmada para que isso aconteça. Aparentemente, o plano da fabricante é que os dispositivos que custem entre US$ 235 e US$ 783 (cerca de R$ 869 e R$ 2,9 mil) saiam pela Motorola, enquanto a Lemon deve ficar responsável por dispositivos abaixo de US$ 470 (R$ 1,7 mil) divididos em pelo menos duas ou três categorias menores.
De olho no futuro
Ainda não é possível dizer quais mercados vão receber cada tipo de equipamento ou se as duas marcas vão ficar disponíveis em todos os países nos quais a companhia chinesa já atua no ramo de smartphones. O caso do Lenovo A7010, homologado recentemente pela Anatel, fica envolto em mistério, já que fica difícil dizer se o celular ainda chega por aqui sob as asas da linha Vibe ou se assume o perfil de um hardware Lemon – ou mesmo se vai ser riscado completamente dos planos da empresa em território nacional.
A perspectiva é que a estratégia da atual dona da Motorola fique clara muito em breve, assim que novos anúncios e programações para o varejo mundial sejam revelados. Enquanto isso, vale a especulação se a Lenovo planeja manter duas linhas fixas de aparelhos por estas bandas, reforçando o mercado abocanhado por itens das famílias Moto G e Moto X. Algum palpite para o que a fabricante reserva para o Brasil?
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