O terremoto de 8,9 graus na escala Richter que atingiu o Japão na última sexta-feira (11 de março) começa a deixar as primeiras marcas no mundo da tecnologia. Fabricantes como a Toshiba, Hitachi, Sony e Panasonic anunciaram que vão interromper temporariamente a produção em fábricas responsáveis pela produção de telas LCD e baterias.
A Toshiba anunciou que vai fechar durante um mês uma de suas unidades responsável pela produção de telas para smartphones e outros dispositivos portáteis. Segundo a empresa, isso se deve à necessidade de reparar aparelhos responsáveis pelo alinhamento de peças que foram derrubados durante o terremoto.
A companhia anunciou que outra de suas fábricas responsável pela produção de peças semelhantes não sofreu danos e segue operando normalmente. Apesar de a Toshiba responder por 5% da produção mundial de telas LCD, a interrupção de um mês não deve impactar o mercado de forma significativa, afetando somente alguns modelos de smartphones.
Outra companhia que decidiu encerrar atividades em algumas de suas fábricas durante um mês foi a Hitachi. Segundo a companhia, o período é necessário para efetuar reparos e se adequar aos novos planos de racionamento de energia determinados pelo governo japonês.
Produção de baterias em baixa
A falta de novas baterias pode ser o principal problema resultante do desastre enfrentado pelo Japão. O encerramento temporário da produção nas fábricas de empresas como Hitachi, Sanyo e Sony pode fazer com o preço dos componentes sofra um aumento substancial nos próximos meses.
A Sony é a principal prejudicada com situação, tendo anunciado a paralisação na atividade de nove de suas fábricas, incluindo aquelas responsáveis pela produção de baterias de íon-lítio. A Panasonic também foi forçada a encerrar temporariamente a produção das fábricas da Sanyo Eletric localizadas ao norte de Tóquio, responsáveis pela fabricação da maioria das baterias recarregáveis usadas no mundo.
Tablets e smartphones em risco
A Mitsubishi Gas Chemical Co. anunciou que vai interromper durante três meses o envio de uma resina usada na fabricação de chips de dispositivos como tablets e smartphones. A fabricante japonesa controla metade do mercado mundial do elemento, e uma queda na produção deve afetar companhias que operam na fabricação de circuitos e na área da telecomunicação.
Outro problema enfrentado pela empresa é a fábrica localizada em Fukushima, única responsável por toda a produção de resina da companhia. A quantidade de danos sofridos foi grande, e até o momento a Mitsubishi não divulgou nenhuma previsão de quando será possível retomar as atividades em ritmo normal.
Problemas em escala mundial
Para entender o impacto que a queda de produção japonesa terá no mundo da tecnologia, confira o artigo “Como os desastres no Japão afetam o mundo da tecnologia”. Clique aqui para acessá-lo e conferir os principais prejudicados e quais as consequências que a falta de componentes trará para o mercado mundial.