Construir telas pequenas, porém com alta definição, promete ser a novidade do futuro. Pesquisadores da Universidade de Michigan estão desenvolvendo, através da nanotecnologia, displays capazes de trazer pixels cada vez menores, menores até do que os de uma tela de computador atual.
A grande sacada desta tecnologia é trazer telas com pixels até oito vezes menores em relação à tela de Retina do iPhone 4. Com isso, será possível criar telas do tamanho de selos postais, porém com suporte a FullHD e resolução de 1080p.
Para comprovar a validade do experimento, os pesquisadores liberaram imagens do próprio logotipo da universidade em escala ampliada em cinco mil vezes, para que se comprove que os pixels estão menores.
Fonte: Universidade de Michigan
Como é possível?
Mas você pode se perguntar: como isso é possível? Pois é, essa tecnologia traz pequenas fendas em placas de metal que deixam a luz passar pelos buracos microscópicos. Dependendo da distância entre as fendas, certas cores passam, enquanto outras são capturadas e não “vazam” pelas fendas, devido aos diferentes espectros.
As duas placas de metal paralelas são recheadas, assim como um sanduíche, por um material dialétrico (não condutor). Isso elimina múltipla polarização, filtros de cores, elementos químicos, vidro e cristal líquido, indispensáveis para a construção de uma tela de LCD.
Fonte: Universidade de Michigan
Com isso, além de diminuir o tamanho das telas, a estrutura permite também que as telas sejam mais fáceis de fabricar, pois utilizam menos camadas do que as telas de LCD da atualidade, além de trazer menos perda de luz do que as telas atuais.
Com este tipo de nano-estruturação, os pesquisadores são capazes de decompor a luz branca em outras quaisquer, mantendo assim alta resolução, porém em espaços cada vez mais compactos, como uma pequena tela de celular, por exemplo. Para isso, basta mudar o espaçamento entre os buracos.
Os resultados da pesquisa foram publicados com o nome de “Plasmonic nano-resonators for high resolution color filtering and spectral imaging”.
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