Fonte: UCLA / Divulgação
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, deram ao mundo uma nova forma de enxergar o cérebro. Os processos que ocorrem dentro do cérebro humano, e que até então não podiam ser monitorados, agora podem ser vistos com qualidade real. Trata-se de um microscópio, inventado pelos cientistas Katsushi Arisaka e Carlos Portera-Cailliau, que registra o funcionamento dos neurônios por meio de imagens em alta definição e em 3D.
O nome dado ao equipamento é microscopia multifocal de duplo-fóton com múltiplas excitações-emissões no espaço-tempo, cuja abreviatura ficou conhecida como STEM. A tecnologia trabalha a partir do laser do microscópio. Após aplicar tinta de cálcio fluorescente nos neurônios, o laser é acionado, estimulando os neurônios que receberam a tinta. Quando eles se agitam, liberam fótons que são capturadas pelo microscópio, podendo monitorar a atividade ocorrida.
Como a tecnologia utiliza um laser com quatro feixes ao invés de um, o mapeamento é de forma mais rápida e resulta em imagens mais claras e de melhor qualidade. Além disso, os quatro feixes possibilitam um novo elemento: a profundidade, ou seja, gravações em 3D.
A justificativa para a utilidade mais importante desta novidade é que novos mapeamentos poderão ser feitos, pois a invenção permite monitorar processos que não causam efeitos físicos no cérebro. Doenças como derrame e câncer causam modificações na quantidade de células, por exemplo, mas isso não acontece com doenças de ordem psicológica, como a esquizofrenia. Com o STEM, isto será possível.
Categorias