Depois de dois outros modelos, a Amazon anunciou em setembro de 2012 o lançamento do Kindle Paperwhite, um leitor digital com tela capacitiva que foi descrito pelos funcionários da empresa como “o Kindle que sempre quisemos lançar”.
O destaque desse modelo é o tal Paperwhite que dá nome ao aparelho: trata-se de uma nova tecnologia de iluminação própria para que você leia seus livros favoritos em qualquer tipo de ambiente. Para completar, ele ficou ainda mais fino e portátil, tudo para que seja levado a qualquer lugar.
Além disso, a Amazon continua com a loja digital que oferece uma infinidade de e-books para todos os gostos e bolsos. Mas será que o aparelho tem qualidade suficiente para conquistar de vez até quem ainda tem um pé atrás em relação aos e-readers?
Aprovado
Design
Fino, leve e bonito. Em resumo, são esses os elogios ao design do Kindle Paperwhite, visualmente o leitor digital mais atraente da Amazon. Com a mesma tela e-ink de seis polegadas que os modelos anteriores, o aparelho também repete a elegante e fosca cor preta, somada a um acabamento impecável e bordas de pouca espessura que o deixam com um visual bastante moderno.
(Fonte da imagem: Divulgação/Amazon)
Ele é agradável de ser usado no ônibus, em casa ou na fila do banco. Por causa do peso, segurá-lo com uma das mãos em várias posições possíveis é tão confortável quanto fazer a leitura com ele apoiado em uma mesa ou até na cama.
Navegação
Com uma tela capacitiva de ótima resposta ao toque, os botões físicos não fazem a menor falta aqui: o único existente, que serve para bloquear a tela e desligar o aparelho, é bem localizado e não é pressionado acidentalmente.
Os menus internos são excelentes: basta um toque na parte de cima da tela para ter acesso a vários botões que levam você à lista de livros, ao controle de iluminação e outras configurações. Trocar de página é feito com um único e leve toque nas laterais.
(Fonte da imagem: Divulgação/Amazon)
As opções podem ser configuradas para o português e não deixam ninguém perdido. E você não precisa usá-lo só como leitor de livros: ferramentas inclusas, como o dicionário (testamos as versões em inglês e português) e as marcações de trechos, assim como em livros físicos com lápis ou marca-textos, também são de qualidade.
Loja digital
Com o Kindle, você não pode dar aquela desculpa de que não tem livros em casa para ler. A loja digital da Amazon oferece uma alta variedade de produtos que são baixados na hora via Wi-Fi e por um valor acessível. Você pode até fazer o download de uma prévia (um só capítulo, na maioria das vezes) para ter certeza de que se trata da obra correta.
(Fonte da imagem: Reprodução/Amazon.com.br)
Alguns preços ainda não estão tão baixos em relação às versões físicas, é verdade, mas já é possível economizar alguns trocados comprando livros digitais. Além disso, o acervo de obras gratuitas, especialmente em inglês, é bastante interessante e lotado de clássicos da literatura.
Iluminação
Um dos maiores argumentos dos adeptos do livro físico é que a sensação não é bem reproduzida em telas digitais. A tecnologia e-ink, entretanto, consegue ao menos chegar perto – e a iluminação fornecida pelo Kindle Paperwhite amplia ainda mais a experiência.
(Fonte da imagem: Divulgação/Amazon)
Com o Kindle Paperwhite, é possível ler em ambientes escuros sem dor de cabeça, já que a luz não cansa os olhos. Algo similar vale para locais bem iluminados: basta ativar a luz artificial para um display sem o reflexo da luz na tela. O sistema de iluminação, que são LEDs laterais capturados por uma fina camada acima do display capacitivo do aparelho, é ótimo e pode ser regulado facilmente para todas essas situações.
Outro destaque é que as letras da página anterior não ficam “impressas” na tela, como acontece com vários leitores digitais, deixando a leitura ainda mais agradável.
Bateria
Seguindo a mesma linha dos leitores digitais, a bateria do aparelho é bastante potente, durando tranquilamente mais de uma semana, caso você utilize o leitor durante poucas horas diárias. Mesmo deixá-lo apenas com a tela travada garante a economia de energia. A recarga, feita via cabo USB, é um processo bastante rápido que dura poucas horas.
Reprovado
No Brasil: ninguém sabe, ninguém viu
Por um lado, a loja de e-books da Amazon no Brasil é um exemplo a ser seguido. Já a venda de aparelhos é problemática: se você gostou do produto e pensa em comprá-lo pelo site oficial, prepare seu bolso: as vendas só começaram recentemente e por cerca de R$ 600 (sem 3G) a R$ 900 (com 3G).
Até agora, a Amazon.com.br só vende a primeira geração do leitor, que já está bem defasada em relação ao novo modelo. As soluções, infelizmente, são importar o produto e pagar um preço salgado ou pedir para aquele amigo ou parente que viajou para os Estados Unidos trazer de lá.
Evite o PDF
(Fonte da imagem: Divulgação/Amazon)
O Kindle aceita os formatos MOBI, AZW, AZW3, TXT e alguns formatos de imagem, mas tem uma extensão que é melhor evitar: o popular PDF. Explicamos: o aparelho até lê os arquivos e faz um bom trabalho quando o conteúdo é curto e formado apenas por textos na vertical, mas a letra é pequena e a memória do leitor pode ser insuficiente para carregar documentos com imagens. Se você tentar dar zoom para visualizar melhor as palavras, o novo tamanho das letras ultrapassa as margens da tela e deixa a leitura desconfortável.
Vale a pena?
Em relação à polêmica de livros físicos contra digitais, a guerra não vai acabar tão cedo: muita gente ainda vai preferir o toque do papel em vez das telas de e-ink. Se você acha que chegou a sua hora de experimentar a tecnologia dos leitores digitais, entretanto, o Kindle Paperwhite é uma alternativa mais que recomendada.
Disparadamente o melhor leitor digital já lançado pela Amazon, ele é extremamente confortável de ser usado graças ao design e ao sistema de iluminação, além de ser bonito e contar com uma navegação dinâmica e intuitiva. Sem dúvidas, o Paperwhite é um ótimo companheiro de leituras aonde quer que você esteja.
Fontes