(Fonte da imagem: iStock)
Muito se fala sobre o preço do PlayStation Vita e como ele seria um dos grandes responsáveis pelo desempenho abaixo do esperado do aparelho. Afinal de contas, um efeito semelhante aconteceu bem recentemente com o Nintendo 3DS, que só se transformou em um sucesso quando a “Big N” reduziu seu valor de venda. O PlayStation 3, na época de seu lançamento, também sofreu com isso.
Mal sabem os críticos dos altos “valores-padrão” dos video games que existe toda uma categoria de consoles premium, bem mais exclusivos e extremamente mais caros que os encontrados na prateleira de sua loja favorita. Enquanto você reclama da alta nota que é necessária para comprar um Xbox 360, tem gente por aí criando uma versão de platina do console da Microsoft. E o pior: com um público comprador.
Muito brilho e muito luxo: versões premium para um pessoal diferenciado
Brilhos e cristais são o suprassumo da riqueza. A palavra “Swarovski” é sinônimo de requinte e alta sofisticação quando o assunto é luxo. E quem disse que os gamers também não podem gostar do bom e do melhor? A criação de consoles cravejados com as pedras brilhantes da grife é um fenômeno recente, que ganha cada vez mais corpo.
(Fonte da imagem: Divulgação/CrystalRoc)
Em 2010, a Microsoft contratou a empresa CrystalRoc, especializada em artigos de luxo, para personalizar alguns Xbox 360 para a E3 daquele ano. A principal peça dessa “coleção” contou com cerca de 11.520 cristais Swarovski que tomam conta de toda a superfície do aparelho e também da face superior do controle. Cada peça levou 70 horas para ser produzida.
O aparelho nunca chegou oficialmente às lojas, pois fazia parte de uma campanha publicitária do console. A Microsoft também não chegou a informar oficialmente o preço pelo qual cada Xbox 360 seria vendido caso isso acontecesse, mas especialistas em cristais informaram que o valor da peça poderia ultrapassar os R$ 250 mil.
(Fonte da imagem: Reprodução/Born Rich)
Um pouco mais humilde é a versão do Kinect criada pela Microsoft em parceria com a cantora Kylie Minogue. Para comemorar a turnê europeia da moça, a empresa vendeu, por tempo limitado e apenas nas cidades visitadas pelo show, uma versão cravejada de cristais do sensor. Por US$ 1.242 (cerca de R$ 2,5 mil), você poderia levar para casa essa edição altamente chique, mas bem mais em conta.
O sonho dos fãs sofisticados da Sony também poderia ser realizado por cerca de R$ 220 mil. Pelo valor, um criador de joias vendia pelo eBay versões personalizadas à mão do PlayStation 3 com HD de 40 GB. Os consoles seriam fabricados à medida que os pedidos fossem sendo realizados. (In)felizmente, ninguém se arriscou a adquirir o produto, e o anúncio no site de leilões acabou se mostrando uma farsa.
Mas quem estiver realmente a fim de gastar pode adquirir as versões Supreme do Nintendo Wii e PlayStation 3. O designer de joias Stuart Hughes criou, ao lado do site GoldStriker International, versões dos aparelhos com carcaças feitas de ouro 22 quilates. Apenas três unidades de cada console foram produzidas e hoje residem na casa de compradores não identificados e muito ricos.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wonder how To)
O PS3, pesando 1,6 kg, foi vendido por £ 199,9 mil, aproximadamente R$ 633 mil. Além da tampa dourada, o aparelho conta com 59 diamantes decorando as laterais da entrada de discos. Já o Nintendo Wii saiu por £ 299,9 mil, pouco menos de R$ 950 mil. Aqui, os diamantes aparecem nos botões do video game de 2,5 kg.
Caros de verdade, não por luxo, mas por necessidade
Não são apenas os consoles “superpremium” que se encaixam na categoria dos caríssimos. Muitas vezes, um hardware mal construído ou necessidades gráficas acima do possível geraram peças que fracassaram miseravelmente nas lojas devido ao preço.
(Fonte da imagem: Reprodução/Retro Thing)
Um dos primeiros exemplos claros disso é o TurboExpress, lançado pela NEC em 1990. A ideia de criar um TurboGrafx 16 de bolso pareceu interessante na cabeça dos engenheiros da companhia, mas sua execução esbarrou em uma dificuldade de encontrar peças adequadas para produção e em uma alta complexidade de desenvolvimento, um fator que afastou as produtoras de jogos.
Mesmo com um grande investimento em marketing – o aparelho foi destaque em filmes como “Inimigo do Estado” e “3 Ninjas” –, o alto preço afastou os consumidores. Há 22 anos, o TurboExpress chegava às lojas por US$ 250 (cerca de R$ 500), um preço exorbitante para a época. Corrigido para os valores de hoje, o portátil custaria US$ 446, aproximadamente R$ 892.
(Fonte da imagem: Divulgação/SNK)
O “fliperama caseiro” Neo Geo AES também é um exemplo de aparelho cujo preço tabelado foi extremamente alto. Todo o poder de processamento da gigantesca caixa da SNK chegou ao mercado por US$ 649 (mais ou menos R$ 1,3 mil) em 1990, preço equivalente a US$ 1 128 (cerca de R$ 2.256) nos valores de hoje.
Os ótimos jogos, com gráficos revolucionários para a época e com tamanho também grande – impressionantes 19 cm x 13 cm, provavelmente os maiores cartuchos da história –, saíram por US$ 200 cada, cerca de R$ 400. Muitas vezes, valia mais a pena adquirir uma máquina de fliperama completa. Elas constituiriam, pelo menos, uma belíssima peça de decoração.
O tabelado mais caro do mundo e a edição especial mais desejada da história
A Capcom é a detentora de ambos os títulos expostos nas letras gigantes acima. Em 2005, a empresa fez uma aposta ousada com sua recém-criada franquia Steel Battalion. Enquanto todos os jogos eram vendidos por US$ 60 (aproximadamente R$ 120), a desenvolvedora japonesa criou um título que exigia a utilização de um controle especial. O preço? US$ 200 (cerca de R$ 400).
(Fonte da imagem: Reprodução/Wonder how To)
Nada de edição especial, essa era a versão padrão de Steel Battalion, que acompanhava um verdadeiro cockpit, com mais de 40 botões, pedais e manches que controlavam todas as funções dos mechas do game. Uma sequência foi lançada um ano depois e, até hoje, esse é considerado o título “comum” mais caro da história.
Já o título de edição especial mais valiosa do mundo será obtido pela Capcom em 4 de outubro de 2012, quando Resident Evil 6 chega às lojas do Japão. Enquanto a maioria correrá às lojas para adquirir seus jogos comuns, alguns felizardos estarão recebendo pelo correio o game juntamente com uma cópia fiel da jaqueta utilizada pelo herói Leon Kennedy.
(Fonte da imagem: Divulgação/Capcom)
A chamada edição premium de Resident Evil 6 traz a peça, o game e quatro caixinhas de remédios como as utilizadas pelos personagens do título. O valor de tudo isso é impressionante: ¥ 105 mil, aproximadamente R$ 2,7 mil. Um sonho impossível, a não ser que você more no Japão ou esteja disposto a arcar com os altíssimos custos de importação que uma peça desse tipo geraria.
Fontes: CrystalRoc, Born Rich, New Launches, Wonder How To
Via BJ
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