Como será o novo World of Warcraft: Cataclysm?

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Expansões, especialmente em MMORPGs, são sempre muito aguardadas, já que modificam consideravelmente o mundo de jogo ao adicionar uma grande quantidade de conteúdo novo. Mas em Cataclysm, a Blizzard promete fazer muito mais: tudo aquilo que você conhece será alterado; Azeroth nunca mais será o mesmo.

O terceiro pacote de expansão de World of Warcraft foi anunciado no dia 21 de agosto, durante a Blizzcon — como noticiamos no Baixaki Jogos. E, como sempre, a quantidade de informações foi simplesmente muito grande para condensarmos em apenas um artigo. Portanto, prepare-se: as próprias fundações do universo irão chacoalhar com o retorno de Deathwing!

O responsável pelo cataclisma

No que diz respeito aos visuais, tudo segue a temática de que a volta de Deathwing causou uma destruição que não se via há muito tempo. Zonas inteiras serão modificadas, alagadas, separadas, devastadas... Mas também haverá vida nova surgindo em alguns lugares graças à ação de alguns outros agentes. Um exemplo notável é a divisão de Barrens em duas, norte e sul.

Um grande abismo de lava dividiu a zona, causando uma diferenciação considerável. A área em torno de Wailing Caverns agora é verdejante graças à ação dos druidas, enquanto outras partes estão mais desertas do que nunca.

A área inicial dos Worgens deve usar o phasing intensamenteO sistema de phasing será amplamente utilizado para contar a história aos jogadores. Um exemplo é uma zona que é progressivamente invadida pelas águas do oceano conforme o jogador progride na trama. Este sistema de modificação dos cenários, que já vimos em ação em Northrend — como na série de quests da Argent Crusade — foi aprimorado e agora pode modificar os terrenos de forma muito mais significativa.

Já no aspecto funcional, o que se vê é uma reformulação de vários dos conceitos que nos eram fixos. O nível das zonas mudou, ou seja, se um lugar possuía quests para jogadores de níveis 10 a 20, pode ser que na expansão ela abrigue os de 30 a 40. Não foram reveladas ainda as modificações específicas, mas podemos esperar uma experiência de “leveling” completamente nova, já que tudo será alterado!

Como consequência destas mudanças, provavelmente veremos quests novas e que aproveitam os conceitos introduzidos nos últimos anos, várias mecânicas de jogo previamente exclusivas aos locais das expansões e os experimentos bem-sucedidos de patches anteriores.

Consegue adivinhar que zona é essa? Chutamos DesolaceUm bom exemplo é a área inicial dos Death Knights, que coloca o jogador em uma série de quests para se livrar da influência do Lich King e se juntar aos exércitos da Horda ou da Aliança. O mesmo conceito será aplicado às áreas iniciais dos Goblins e Worgens — as novas raças da expansão, mais detalhes abaixo — de forma a explicar como eles se inserem no contexto do jogo de forma muito mais imersiva do que a vista com Draeneis e Blood Elves.

Esta reformulação do conteúdo do WoW Classic — nome geralmente dado à parte do jogo que existia antes das expansões — vai ainda além das zonas: vários dos antagonistas antigos retornam, como Ragnaros e Nefarian, para mais uma vez tirar o sono dos jogadores que procuram por maneiras de derrotá-los. Além disso, Deadmines e Shadowfang Keep ganharão versões Heroic, para nível 85.

Personagens novos e repensados

Time is money, friend!A grande novidade é, sem dúvida, a introdução de duas novas raças no game: Goblins para a Horda e Worgens para a Aliança. Estas raças se inserem em um contexto de desespero que toma conta do mundo por conta da intervenção de Deathwing, e elas inevitavelmente são forçadas a buscar aliados para sobreviver.

Os Goblins vêm das ilhas perto do Maelstrom, como náufragos que se instalam nas Lost Isles nas costas de Azshara. Devido a sua natureza, eles logo tentam adaptar a àrea às suas necessidades, dinamitando montanhas e estabalecendo um comércio com os vizinhos. Sem lar, sem lenço e sem documento, devem tentar a vida agora em um continente já bastante disputado.

Roaaaaaar!Já os Worgens são um povo amaldiçoado. Os velhos habitantes de Gilneas, que se fecharam para o mundo atrás da Greymane Wall durante a Segunda Guerra, agora reaparecem completamente modificado: em combate, se parecem com lobisomens. Tentando lutar por sua sobrevivência ao mesmo tempo em que lutam contra a besta interior, eles se juntam aos velhos aliados.

Ao olhar para estas duas raças, podemos observar um conceito interessante. Ambos faziam parte das facções a que se juntaram, no passado. Em Warcraft II, os Goblins pertenciam à Horda e os humanos de Gilneas pertenciam à Aliança. Vale notar, também, que ainda existirão goblins neutros — estes novos são apenas uma facção dentre eles.

Mais conteúdo do que se pode digerir

Além destes aspectos principais que vemos logo ao observar trailers e imagens de Cataclysm, todos os sistemas de jogo estão sendo repensados. Uma quantidade enorme de conteúdo será inserida, já que não existem novas classes para perturbar o equilíbrio do jogo. De acordo com os próprios desenvolvedores, não é só o mundo de Azeroth que será completamente remodelado, mas também a experiência de jogo.

Níveis para guildas; uma nova profissão secundária (Archaeology); consolidação de atributos; novas combinações de classe e raça; battlegrounds com rankings; a possibilidade de voar em Azeroth; nível máximo aumentado para 85; novo esquema de evolução de personagem através de Masteries e Path of the Titans.

Estes são apenas alguns dos sistemas que serão introduzidos ou reformulados. A título de exemplo, a classe Hunter nem mesmo utilizará mana na expansão! Seu sistema de poder será mudado para Focus, o mesmo utilizado por seus “pets”. Warlocks terão seus Soul Shards alterados para funcionar de forma similar às runas de Death Knights, e muito mais!

Ninguém estará a salvo!
Para simplificar, basta dizer que o jogo sofrerá a maior alteração que já recebeu. Vários dos pedidos dos fãs serão atendidos e de um modo geral o que se vê é uma busca por consolidação e praticidade dentro do título. Certamente algo que os fãs não devem deixar de conferir, conforme a data estimada se aproxima, no ano que vem.


Vale lembrar também que recentemente a revista EGW anunciou que a vinda do WoW para o Brasil está confirmada. Com isso, podemos começar a especular: antes ou depois do lançamento deste pacote de expansão? Ia certamente ser uma entrada bombástica no país se ambos os eventos coincidissem.
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