7 coisas que você precisa saber antes de migrar do iPhone para o Android

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Quando o primeiro iPhone foi lançado, ele chegou com muitos recursos inovadores e, mesmo que ainda deixasse a desejar em alguns pontos, acabou inaugurando a era dos smartphones. O mercado seguiu essa tendência e hoje dificilmente vemos um celular “tradicional” por aí.

O Android surgiu para competir com o iOS, e passou algum tempo na lanterna. Contudo, após muito trabalho e atualizações, ambos os sistemas cresceram e foram inundados de recursos. Hoje em dia podemos comparar os dois em termos de funcionalidade e ferramentas.

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Algumas pessoas começaram no iPhone e até hoje utilizam a plataforma por se sentirem confortáveis com o sistema. Mas será que mudar do iOS para o Android pode ser algo difícil? Será que tudo o que pode ser feito em um, pode ser feito no outro — pelo menos em termos de produtividade?

Nós levantamos alguns pontos importantes e vamos listá-los aqui. A ideia não é comparar os dois sistemas diretamente para tentar provar se um é melhor que o outro, mas sim apontar que um usuário de iPhone já pode migrar para o Android sem precisar sacrificar o seu estilo de trabalho.

Transferir alguns dados pode ser um pouco trabalhoso, mas nada é impossível.

1. É possível migrar os meus dados pessoais do iPhone para um aparelho com Android?

Essa tarefa não só pode ser feita como é bastante simples, principalmente depois que a Apple criou o iCloud. O serviço de armazenamento na nuvem da Maçã faz backup de todas as suas informações pessoais, incluindo email, contatos, calendário e notas, bastando apenas ativar o serviço em seu iGadget.

Todos esses dados podem ser exportados para a sua conta da Google sem muitas dificuldades. Para transferir os seus contatos, por exemplo, você deve acessar a sua conta do iCloud, clicar em contatos e exportar a lista no formato vCard. Depois, na conta Google, importe todo o conteúdo.

A agenda de tarefas, ou calendário, pode ser exportada de forma similar — basta garantir que essas informações sejam sincronizadas com a sua conta do iCloud.

O bloco de notas também é simples: é só adicionar , no seu próprio aparelho iOS, uma conta Google no aplicativo de notas. Fazendo isso, elas já serão salvas na conta Google automaticamente. Outro método é adicionar uma conta Google ao aparelho e mandar sincronizar todos os dados com ela. Entram no pacote contatos, calendários e notas, além do email, é claro.

Já as fotos podem ser transferidas de uma maneira bem simples: basta conectar os dois aparelhos em um PC Windows e copiar e colar as imagens de um aparelho para o outro, sem aplicativos intermediários e sem complicações.

2. Posso migrar as minhas músicas compradas na iTunes Store para o Android?

Felizmente, nenhuma música adquirida através da iTunes Store será perdida com a transição para o Android. A manobra é um pouco trabalhosa, mas vai garantir que toda a sua biblioteca possa ser sincronizada com o seu novo smartphone.

Como todo o conteúdo a ser transferido deve ser sincronizado com o Google Music, é preciso baixar o Google Music Manager para o seu PC. O primeiro passo é sincronizar todas as músicas do seu dispositivo Apple com o iTunes instalado no PC. É preciso incluir todas as trilhas, mesmo aquelas que só contam como compradas, mas ainda não foram baixadas.

Depois, é só executar o software da Google, digitar a sua conta e fazer upload do conteúdo, selecionando iTunes na lista.

Dica: para saber como executar o Google Music no Brasil, clique aqui.

3. E os meus aplicativos? Comprei um monte de programas na AppStore. Posso transferi-los para o Android?

Essa talvez seja a pior parte da mudança. Nenhum aplicativo adquirido na AppStore pode ser transferido para o Android, mesmo que ele possua versões equivalentes na Google Play. Isso significa que você até poderá encontrar os mesmos jogos e programas, mas precisará pagar por eles novamente.

4. Estou acostumado com os aplicativos do iOS no dia a dia. Será que vou estranhar alguma coisa no Android?

Dificilmente você sofrerá com a falta de opções no Android, porque a maioria dos aplicativos lançados para um sai quase ao mesmo tempo para o outro. São muito raras as exclusividades e, quando elas existem, são casos isolados. No caso de programas comuns como WhatsApp, Facebook e outros, a maioria funciona da mesma forma nos dois sistemas, com pouquíssimas diferenças.

No caso de algum aplicativo específico, existe uma grande chance de você encontrar um equivalente na Google Play. A loja recebe centenas de novas inserções diariamente e é provável que você encontre o que procura sem muitas dificuldades.

Algumas versões inclusive são até mesmo mais eficientes, como o Google Maps. O software existe no iOS, mas deixou de ser “oficial” desde que a Apple lançou o seu próprio programa de mapas. A versão da Maçã até funciona, mas ainda está longe de ser tão poderosa quanto o Google Maps. Como o iOS não permite que você altere os aplicativos-padrão do sistema (pelo menos não sem jailbreak), todos os links de mapas precisam ser abertos, obrigatoriamente, pelo Apple Maps.

A vantagem de o Android ser mais “liberal” que o iOS também garante algumas vantagens aos aplicativos. Ao abrir uma imagem, por exemplo, você pode compartilhá-la diretamente pelo WhatsApp ou outro software através do menu de contexto. Já no iOS é preciso fazer tudo de forma manual.

Outra vantagem do sistema é a personalização completa de teclados. No Android você pode baixar um teclado novo na Google Play para melhorar a sua produtividade e personalizar o seu aparelho ao seu gosto. Uma das novidades é o Swype, um tipo de teclado que mistura a predição de palavras com “desenhos” feitos na tela. O aplicativo tem feito muito sucesso no Android devido à facilidade de se digitar em telas sensíveis ao toque.

A Apple já anunciou que o iOS 8 terá suporte a teclados de terceiros, o que poderá incluir o Swype. Contudo, por enquanto essa opção não está disponível para os aparelhos da Maçã.

A flexibilidade do Android também permite o desenvolvimento de outras categorias de aplicativos no sistema, como gerenciadores de arquivos, manutenção do sistema e emuladores de várias plataformas diferentes.

Mas nem tudo são flores, principalmente em se tratando de aplicativos no sistema. Apesar de ter um número absurdo de programas, os critérios de seleção da Google Play ainda são menos severos que os da loja da Apple, o que faz com que muitos softwares ruins sejam disponibilizados no sistema. Desse modo, encontrar algo realmente bom na Google Play é possível, mas exige muito mais trabalho que na AppStore.

5. Prefiro a interface do iOS. Android é muito complicado.

A interface do Android pode ser tão simples quanto a do iOS ou ainda mais complicada — tudo depende de como você quer utilizar o seu smartphone. O Android aceita uma série de alterações no seu visual e existem dezenas de “launchers” diferentes para que você possa personalizar o sistema.

Launchers são aplicativos que substituem a tela inicial no aparelho. Através deles é possível deixar o seu smartphone com a cara que você quiser, desde imitar completamente o visual do iOS até encher a tela inicial com widgets cheios de informações dinâmicas, no estilo do Windows Phone.

Essa liberdade de personalização pode deixar o sistema instável em alguns casos, e aparelhos mais antigos podem acabar ficando mais lentos devido a isso. Felizmente, o Android KitKat e a nova leva de smartphones (até os mais simples, como o Moto E) conseguem ser eficientes e rápidos.

Problemas com instabilidade no sistema também são cada vez mais raros. Antigamente era comum ver algum aplicativo ou até mesmo o telefone inteiro deixar de funcionar de uma hora para outra, mas hoje isso é relativamente raro de acontecer.

6. E a segurança? Android tem muito vírus!

Segundo um relatório publicado pela Cisco, a grande maioria de pragas virtuais desenvolvidas em 2013 tinha como objetivo atingir aparelhos Android. Contudo, infectar os gadgets com esse sistema operacional não é uma tarefa tão simples assim, principalmente se você só baixa programas a partir da Play Store.

Todos os aplicativos da loja são verificados para que você não baixe nenhuma praga junto. O que vale é a mesma regra para evitar a contaminação de computadores: o bom senso é a melhor proteção.

Se você instala programas a partir de fontes duvidosas, deve estar preparado para correr os riscos. Caso contrário, a chance de ter o seu aparelho comprometido é relativamente pequena.

Contudo, se mesmo assim você quiser se proteger contra vírus e outras pragas, existe uma série de suítes de segurança desenvolvidas especificamente para o Android. Nós abordamos algumas dessas soluções neste artigo.

7. E se roubarem o meu celular? Existe substituto para o “Buscar meu iPhone”?

O Find My iPhone é um recurso bastante inteligente para controlar o seu dispositivo à distância e tentar localizá-lo, caso ele seja furtado. Mas o Android também não fica para trás e oferece ferramentas do mesmo nível para que você possa encontrar o seu smartphone.

Uma das maneiras mais simples é utilizar o Gerenciador de dispositivos Android, presente em todos os aparelhos modernos que trabalham com o sistema da Google. Com essa função ativada, é só ir até o Google Play Services e rastrear, apagar ou bloquear o aparelho remotamente.

Mas essa não é a única maneira de proteger o seu sistema. O Android tem diversos aplicativos específicos desenvolvidos para esse propósito. Além disso, as empresas estão adicionando cada vez mais recursos de segurança diretamente aos aparelhos, como é o caso do Galaxy S5, que possui um modo de alerta que envia mapa, SMS, foto e gravação de áudio para outros telefones pré-cadastrados.

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Como dissemos no início, a ideia não era comparar diretamente os dois sistemas, mas mostrar que um usuário acostumado com o iOS pode perfeitamente migrar para o sistema da Google sem precisar se preocupar com a produtividade e sem precisar deixar de fazer alguma coisa que fazia antes.

O único “sacrifício” real que será preciso fazer é ter um pouco de paciência para desbravar o novo sistema e aprender a utilizar suas funções.

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