A Apple fez um grande mistério em torno do seu último grande lançamento, o tablet iPad. Outras grandes fabricantes de tecnologia como a Dell e a HP já embarcaram na nova onda tecnológica de computadores portáteis. Dificilmente esse mercado se limitará às versões já existentes dos equipamentos em questão e novidades devem surgir em breve.
Se o faturamento de jornais e revistas já vem reduzindo nos últimos anos com a expansão da internet em sua segunda era (a chamada Web 2.0), a popularização dos tablets exigirá um novo comportamento dos veículos impressos de comunicação que desejarem permanecer no mercado.
Nosso objetivo com este artigo é apresentar algumas opiniões quanto à necessidade de modernização das revistas para um novo formato de distribuição de conteúdo digital que chega com tudo.
Jornais e revistas perdem força
Quando o alemão Johannes Gutenberg criou os tipos móveis nos idos do século XV, causou uma revolução. Foi a partir de sua invenção que ficou mais fácil reproduzir livros, jornais e outros materiais impressos e a imprensa se popularizou de vez na Europa e, consequentemente, no restante do mundo.
Séculos depois, parece que os jornais e revistas estão perdendo sua força e um dos maiores responsáveis disso é a internet. Pesquisas apontam que ler notícias online já é a terceira principal fonte de informação dos estadunidenses, superando os meios impressos.
Se os impressos já andam em baixa, tendem a sofrer um novo “golpe”: os tablets vêm aí, portáteis e com suporte para conteúdos multimídia, aumentando ainda mais a acessibilidade a sites de notícias (bem como a toda web).
Com um tablet você fica conectado ao mundo, em tempo real, a todo instante, sem precisar ir até uma banca de jornal, independente de onde você esteja (engarrafamento, reunião, banheiro ou almoçando).
Modernizar-se para sobreviver?
Ao que tudo indica, a resposta a essa pergunta é SIM! Os tablets significam uma nova oportunidade para empresas de comunicação, sites de jornal, revistas, editoras de livros e até mesmo emissoras de televisão repensarem a forma como distribuem conteúdo.
Somando-se a isso o enorme dano ambiental causado pelo uso e desperdício de papel empregado em jornais e revistas, meios impressos de notícias parecem não ter um futuro muito promissor quando se analisa a realidade atual.
A partir disso tudo, só há uma alternativa: mudança. Exemplo disso já pode ser notado lá fora. Dois exemplos: um da editora Penguin Books e outro da revista Wired. A Penguin Books produz material orientado para crianças e viu no iPad um campo fértil para misturar áudio, vídeo e animação. Nos “livros” da editora que rodarão no dispositivo da Apple, os usuários terão animações dos principais personagens publicados em seus livros.
Assista a um vídeo sobre a interação entre Panda Books e iPad
A revista Wired também já dá seus passos em direção aos tablets. A revista especializada em tecnologia aproveita os principais recursos do iPad e explora de modo incrível a tecnologia do dispositivo. Animações, áudio e transmissão de vídeo diretamente da internet são alguns dos atrativos do aplicativo da Wired específico para o tablet da Apple.
Assista a um vídeo sobre o aplicativo da Wired para iPad
Leia mais sobre o iPad, outros tablets, e-readers e netbooks no artigo iPad vs. Concorrência.
Ideias!
Em alguns casos os usuários sentem bem mais as necessidades de um serviço do que seus próprios desenvolvedores. Não é à toa que vários serviços online são lançados em versões de teste (beta) para só algum tempo depois, ao já ter recebido críticas e sugestões, surgir com uma versão final. No caso dos tablets (e dos aplicativos para eles) não deve ser diferente.
Pense em reportagens de jornais e revistas nos quais você navega por gráficos demonstrativos, posta comentários, visualiza vídeos e até mesmo ouve narrações. Se isso só parecia ser possível em frente a um computador (desktop ou laptop), os tablets e iPhones da vida mudam completamente esse conceito.
O fato é que, para se consolidar no mercado ou continuar a crescer, as grandes produtoras de conteúdo midiático precisam levar em conta a internet e tudo que a orbita– e nessa órbita se encontram os portáteis como os tablets.
A comunicação pertence a todos e, quem sabe, ferramentas como os tablets não sejam tão importantes para torná-la ainda mais acessível e participativa em nosso país. Esperamos, porém, que com o passar da “febre” dos tablets, seus preços também se tornem mais acessíveis.