(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)
Enquanto o novo iPad ainda não chega ao Brasil, ele já pode ser adquirido em muitas cidades chinesas — mesmo que de maneira não oficial. De acordo com o site Tech in Asia, mais de 200 mil tablets já foram contrabandeados para a China, todos eles vindos dos Estados Unidos.
O mais irônico de toda essa situação é que a cidade de Shenzen, o principal ponto de receptação do produto, é o mesmo local em que a Foxconn monta o aparelho. Isso significa que o iPad é finalizado na região, enviado para o Ocidente e devolvido ao seu local de origem.
O motivo para toda essa viagem está exatamente no fato de o acesso ao produto da Apple ser muito mais fácil nos EUA do que na nação asiática. Com a grande quantidade de pré-vendas e de lojas autorizadas revendendo o equipamento, os contrabandistas não encontram problemas na hora de adquiri-los em grande quantidade.
Um mercado rentável
O mais curioso de tudo é o funcionamento do esquema dentro da China. De acordo com a página, os iPads “ilegais” estão chegando ao país com uma diferença de apenas US$ 20 — cerca de R$ 36 no câmbio atual —, mas são vendidos para o consumidor final por um valor muito acima disso.
Segundo o site, algumas lojas estão comercializando os primeiros tablets da atual geração por um valor muito acima daquele que é cobrado nos Estados Unidos, podendo chegar até a 10.000 yuans, o equivalente a US$ 1.580 (R$ 2.883), quase o dobro do valor original.
O motivo para toda essa movimentação no chamado “mercado cinza” está exatamente no fato de o novo iPad ainda não ter sido lançado oficialmente na China, o que faz com que entusiastas não economizem na hora de pagar pela novidade em primeira mão. A estimativa é que, com a chegada do produto por vias legais, o preço do tablet contrabandeado caia consideravelmente e custe somente 500 yuans (US$ 80 ou R$ 146) a mais que o preço oficial.