A internet é um mar vasto e os perigos são muitos. Então, nada mais comum que os navegantes encriptem tudo o que for possível. A encriptação, para quem não sabe, é o processo de transformar dados ou informações acessíveis para você em inacessíveis para terceiros. Isso é realizado por meio de algoritmos, sendo liberados por uma chave (senha).
Muitos sites que guardam informações privadas também utilizam encriptação nos domínios, como o Google e o Facebook. Porém, o tráfego "bloqueado" vai crescer exponencialmente ano que vem — e a culpa não é hackers e terroristas digitais.
E tudo isso, principalmente, por causa do Netflix. De acordo com um estudo da Sandvine, dois terços de todo o tráfego norte-americano vão ser encriptados em 2016. Neste ano, a empresa descobriu que 65% do tráfego não possui qualquer bloqueio, enquanto apenas 29,1% é encriptado — ela não conseguiu classificar os outros 6%.
É "culpa" do Netflix porque, em abril, a empresa anunciou que iria mover o seu serviço para o protocolo HTTPS. Segundo o CEO Reed Hastings, essa ação pretende proteger a privacidade de membros, principalmente em redes inseguras, como o WiFi público.
A segunda maior fonte de tráfego na rede, o YouTube, já encripta o tráfego no HTTPS. Isso não deixa que outras empresas acompanhem hábitos de usuários na visualização de vídeos.
Como essa mudança vai afetar o Brasil e o mundo ainda não é sabido. Porém, o fato demonstra que, em breve, todos nós navegaremos em domínios encriptados.
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