Está surgindo uma nova gigante: a Streaming Video Alliance (SVA). A “liga”, composta por 17 membros de peso, tem como objetivo trabalhar em melhores práticas de vídeo em toda a indústria da internet. Entretanto, quando falamos de vídeos e internet, nos ocorre automaticamente os nomes de dois grandes fenômenos: YouTube e Netflix.
Representantes da Netflix afirmam que a empresa não planeja juntar-se à SVA. “Dada a nossa dimensão do tráfego de vídeo, nós personalizamos nossa rede de conexão aberta”, informaram.
A questão é que esses dois não estão entre os membros da SVA. Mesmo com essa omissão, a aliança conta com grandes nomes, como Alcatel-Lucent, Charter, Cisco, Comcast, Epix, Fox Networks Group, Major League Baseball e Yahoo!.
O grupo planeja focar suas ações em três diferentes áreas: arquitetura aberta, definindo especificações para rede streaming e infraestrutura de armazenamento em cache baseado em nuvem; qualidade da experiência; e interoperabilidade para criar padrões para streaming de vídeo.
A SVA fará reuniões presenciais pelo menos duas vezes por ano. A aliança não tem intenções de ser uma organização de normalização, mas, segundo ela própria, vai propor especificações técnicas às empresas competentes.
Chegando para causar?
A formação da SVA veio em uma hora turbulenta nos EUA. O governo de Barack Obama vem discutindo algumas regras sobre a neutralidade de rede com a Comissão Federal de Comunicações (Federal Communication Commission – órgão equivalente à Anatel no Brasil). O assunto foi colocado em evidência após o presidente fazer um pronunciamento defendendo a imparcialidade, a transparência e a liberdade da internet.
“Não importa se eu estou usando um computador, celular ou tablet, as operadoras de internet têm a obrigação legal de não bloquear ou limitar o acesso a um site. Essas empresas não podem decidir em qual loja online eu faço compras. Ou qual serviço de streaming eu devo usar. E elas não podem deixar que outras companhias paguem para ter prioridade sobre seus concorrentes”, disse Obama na parte principal de seu discurso.
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