A Meta está preocupada com uma possível moderação excessiva e supostamente cheia de erros em suas plataformas. Quem confirmou o problema foi Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa, em uma conversa com jornalistas.
De acordo com o executivo, a taxa de erros da Meta "ainda está muito alta" nesse quesito, o que fica no caminho da liberdade de expressão" que a companhia diz permitir. A Meta é dona das redes sociais Facebook, Threads e Instagram, que seriam os serviços que sofreram críticas pela moderação, além do mensageiro WhatsApp.
"Com muita frequência, conteúdos que não são danosos são retirados ou têm a visibilidade restrita e muitas pessoas são penalizadas injustamente", completou Clegg. Ele ainda citou que as regras atuais são "um tipo de documento que está vivo e pulsante", indicando que elas não são fixas e mudanças podem acontecer em algum momento.
Moderação demais?
Especificamente, Clegg lamentou a política de remoção massiva de postagens da Meta em relação a conteúdos da pandemia da covid-19.
"Ninguém durante a pandemia sabia como ela iria se desdobrar, então agora estamos de fato olhando para trás. Mas, com isso em vista, sentimos que exageramos um pouco. Estamos perfeitamente cientes porque os usuários levantaram suas vozes e reclamaram, com razão, que às vezes aplicamos regras demais, cometemos erros e removemos ou restringimos conteúdo inócuo ou inocente", explica o executivo.
O próprio CEO da empresa, Mark Zuckerberg, já reclamou publicamente em ter que seguir ordens do governo dos Estados Unidos para moderar conteúdos nas plataformas durante o período de emergência sanitária, em especial publicações de "humor e sátira".
Além de remover conteúdos com base em solicitações e denúncias, a Meta tem sistemas automatizados de detecção e retirada de postagens nas plataformas. Usuários do Threads reclamaram recentemente que várias publicações foram removidas mesmo sem qualquer irregularidade cometida e Adam Mosseri, CEO do app, prometeu correções.
O comitê independente de supervisão da Meta também já citou uma possível moderação "exagerada" de conteúdos eleitorais, com uma série de falsos positivos sendo removidos por infringir alguma das regras das plataformas.
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