Em outubro de 2009 o governo do estado de São Paulo, por meio do Decreto 54.921, anunciou o programa Banda Larga Popular, que pretende disponibilizar conexão a internet de até 1 Mbps pelo preço máximo de R$29,80 por mês.
A empresa espanhola Telefônica, que atua em São Paulo, havia anunciado ainda em novembro do ano passado seu programa de banda larga popular, porém, uma polêmica em relação à venda casada que a empresa tentava empregar impossibilitou o lançamento do projeto.
Contudo, no final de janeiro de 2010 a empresa anunciou a assinatura do termo de adesão junto ao governo paulista e os planos estarão disponíveis para o público a partir do dia 24 de fevereiro deste ano.
• Clique aqui e leia o Decreto 54.921 na íntegra (necessário Adobe Reader instalado).
O projeto da Telefônica
Anunciado na edição 2010 do Campus Party (evento de tecnologia que ocorre em São Paulo), o projeto da Telefônica inicialmente estará disponível para quatro cidades paulistas: São Paulo, Santo André, São Bernardo e São Caetano. A velocidade disponibilizada será a de 256 Kbps (superior à da Net, porém, bastante inferior ao teto de 1 Mbps previsto no decreto do governador paulista) e o preço obedecerá aos R$29,80 mensais.
Além disso, não haverá nenhuma cobrança adicional para instalação, modem e provedor de internet. Em seu novo plano a Telefônica não inclui a venda casada, presente em seu modelo inicial de banda larga popular, que obrigava o usuário a contratar uma linha telefônica da empresa para adquirir a banda larga, o que elevava o valor mensal a ser pago para R$54,70.
A Telefônica empregará duas tecnologias em sua banda larga popular: cabos coaxiais e, para as conexões sem fio, Wimesh.
Por que mais barato?
A ideia de baratear o preço final de uma assinatura de internet banda larga finalmente começa a tomar forma no Brasil. No estado de São Paulo, esse foi um projeto do governo estadual que concede isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) às operadoras que aderirem a ele. Dessa forma, o preço repassado ao consumidor também é bastante reduzido.
Na época do lançamento do programa, o governo paulista divulgou dados que estimavam um número de 2,5 milhões de residências que poderiam ser beneficiadas com a banda larga popular. Se fizermos as contas, o projeto se mostra bastante lucrativo – principalmente – para as operadoras.
Apesar de ser uma boa iniciativa, a velocidade de 256 Kbps é muito baixa se compararmos a outras já disponíveis no mercado brasileiro. Quem sabe alguma operadora se disponha, em breve, a oferecer o 1 Mbps apontado como teto pelo decreto do governo do estado de São Paulo. Não deixe de registrar sua opinião em nossos comentários.
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