Há um bom tempo a Microsoft já sofre com a concorrência de outros navegadores, principalmente o Mozilla Firefox. O seu Internet Explorer vem perdendo usuários que alegam, sobretudo, o tempo que o programa demora para conseguir carregar uma página e nem mesmo a última versão do IE conseguiu resolver o problema.
Porém, a empresa de Bill Gates pareceu ter acordado diante do decrescente número de pessoas que utilizam o browser e decidiu investir em uma nova tecnologia para o Internet Explorer 9, que promete revolucionar e deixar a navegação surpreendentemente mais rápida.
Direct2D: velocidade como arma secreta
O principal trunfo da Microsoft com o novo Internet Explorer é utilizar essa tecnologia Direct2D (D2D) para maximizar a velocidade do carregamento de dados no navegador. O conceito por trás disso é aparentemente simples: o navegador simplesmente “empresta” o processamento da GPU para tornar a navegação mais rápida. Mas o que é essa tal de GPU?
As unidades de processamento gráfico (ou Graphics Processing Unit, em inglês) são microprocessadores presentes em placas de vídeo (apesar de também estarem presentes em algumas placas-mãe, mas em um modelo simplificado) usados para controlar tudo referente à parte gráfica. Video games, por exemplo, utilizam esses equipamentos para potencializar o constante gerenciamento de imagens em seus jogos.
Com a tecnologia Direct2D, o navegador passa a utilizar a GPU para acelerar a navegação, além de otimizar a visualização de elementos gráficos das páginas. Em testes realizados pela Microsoft, o Internet Explorer 9 mostrou-se incrivelmente mais rápido. Páginas como Google, Facebook e Twitter foram carregadas na metade do tempo usual do IE 8.
O que muda?
Você já deve ter entrado em algum site que demorou a carregar devido ao grande número de imagens e outros elementos visuais existentes – lembra-se daqueles gifs animados que eram utilizados em blogs?
Como qualquer página é composta, praticamente, por apenas figuras e textos, a grande concentração desses elementos causa uma espécie de sobrecarregamento no navegador. Com a tecnologia Direct2D, todos esses objetos serão processados diretamente pela GPU, ou seja, pela placa de vídeo. Isso significa que eles serão carregados em uma velocidade muito maior do que acontece com os programas atuais.
Como os navegadores passarão a utilizar o processador GPU para aumentar sua velocidade, programadores podem investir em projetos mais ousados do que os atuais. Além disso, essa nova tecnologia permite que elementos visuais básicos, como linhas curvilíneas e fotos redimensionáveis, possam ser melhor controlados sem perder qualidade.
A raposa e a uva
Como o estudo da Microsoft sobre a utilização do Direct2D recém começou (o projeto teve início apenas em outubro), ainda não existe uma previsão de lançamento do Internet Explorer 9. E isso significa que outras empresas já começaram a testar vários meios de utilizar essa nova tecnologia a ponto de conseguir lançá-la o quanto antes.
A Mozilla, empresa responsável pelo Firefox e maior rival da Microsoft no ramo de navegadores, anunciou que iniciou teste com o Direct2D. Como o navegador usa um sistema de utilização de processador mais simplificado (chamado de Cairo), a briga para saber quem lança seu programa primeiro já começou.
Processamento de texto
Um recurso semelhante a ser adicionado junto do Direct2D é o DirectText, que utiliza o mesmo conceito de processamento via GPU, mas com o foco em elementos textuais. Como foi dito anteriormente, boa parte dos objetos de uma página são imagens e texto, então a DirectText vem para complementar o D2D.
A principal função desse complemento para textos é suavizar os efeitos serrilhados causados por pixels em caracteres curvilíneos. Com o DirectText, essas pequenas quebras são amenizadas e deixam as palavras menos “quadradas”.
E você usuário, acredita que a Microsoft consegue deixar o Internet Explorer mais rápido? Deixe sua opinião nos comentários.