O TikTok teve grande importância na campanha eleitoral que resultou na vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6). Profundamente rivalizada no primeiro mandato do executivo, a rede social e o futuro presidente dos EUA devem viver uma nova relação nos próximos anos.
A mudança de opinião de Donald Trump aconteceu em julho deste ano, meses após a sanção da lei que pode banir o TikTok dos EUA. Agora "a favor do TikTok", o executivo e ex-presidente norte-americano se colocou como oposição à mudança assinada por Joe Biden — na época, seu concorrente nas urnas.
O próprio Donald Trump se tornou usuário do TikTok em junho deste ano. Sua conta na plataforma acumulou mais de 2 milhões de seguidores em poucas horas — atualmente, 13,6 milhões. Obviamente, o perfil foi usado para ampliar a presença do candidato entre os usuários da rede social.
Trump prometeu manter o TikTok ativo nos Estados Unidos, mas não disse como.Fonte: GettyImages
O aplicativo de vídeos curtos também teve importância na campanha de Kamala Harris. O perfil da candidata acumula 8,5 milhões de seguidores no momento da elaboração desta matéria.
Segundo a Columbia Magazine, 40 milhões de eleitores são da Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012). Em 2024, 36,20% dos usuários do TikTok tem entre 18 e 24 anos, conforme destacou o site Soax.
A lei aprovada durante o mandato de Joe Biden não favoreceu a candidata do Partido Democrata. Enquanto o texto era debatido, criadores de conteúdo veicularam campanhas esclarecendo a legislação e se manifestavam contra o possível bloqueio.
A nova legislação norte-americana determinava que o TikTok fosse vendido para uma empresa estadunidense.Fonte: GettyImages
Na nova norma, o governo dos Estados Unidos não proíbe o TikTok de operar no país, mas exige que a ByteDance, detentora do app, venda ou conceda o aplicativo para uma empresa norte-americana. Se não respeitar a decisão, a plataforma pode ser banida do país a partir de 2025.
Até mesmo o CEO do TikTok, Shou Chew, levou a discussão à rede social. Em vídeo publicado na conta oficial da empresa, ele prometeu brigar contra a medida.
Quando declarou apoio à permanência do TikTok, Donald Trump agradou os eleitores do serviço. Kamala Harris, por sua vez, não se dizia a favor do banimento, porém manteve a posição que adotou na vice-presidência reforçando que gostaria de ver a rede social sob novo comando.
O que acontece com a vitória de Trump?
Durante a campanha eleitoral, Donald Trump prometeu manter o TikTok em operação nos Estados Unidos, mas como ele vai fazer isso é um mistério. É possível que o futuro presidente tente revogar a suspensão, porém nada é garantido.
A legislação que pode ocasionar no banimento do TikTok é consequência da elevação das tensões entre EUA e China — e algo que o próprio Trump endossou no governo anterior. Ainda que tenha se posicionado a favor da plataforma, o próximo presidente norte-americano pode não manter a palavra durante o mandato.
Neste caso, a decisão de Trump também sofre com a influência do investidor Jeff Yass, conforme apurou o jornal The Washington Post. O executivo detém uma empresa de capital de risco com ações da ByteDance.
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