A chance de revolucionar o gerenciamento das operações de TI está cada vez mais acessível para empresas de todos os tamanhos e nichos graças a rápida expansão da computação na nuvem.
Ao invés de se comprometerem com a infraestrutura on-premise – onde a responsabilidade pela atualização, manutenção e substituição dos componentes é inteiramente do negócio — a cloud computing oferece flexibilidade, permitindo que essas tarefas sejam terceirizadas.
Logo, as equipes internas podem focar em outras áreas estratégicas do negócio, enquanto soluções de ponta são gerenciadas remotamente. Essa é a essência da computação na nuvem: transformar o acesso a softwares e infraestrutura em um serviço, em vez de um produto!
Quer saber mais sobre o assunto? Conheça os principais modelos disponíveis a seguir, o SaaS, PaaS e IaaS, que oferecem soluções distintas para diferentes objetivos de negócio.
- Saiba Mais: A nuvem é segura? O CNAPP chegou para ajudar
Software como serviço (SaaS)
O Software como Serviço (SaaS) é uma solução que oferece aplicações completas, prontas para uso e acessíveis diretamente na nuvem.
O modelo permite que os usuários acessem ferramentas e programas sem a necessidade de instalação ou manutenção direta, pois o gerenciamento e as atualizações ficam sob responsabilidade do provedor de serviços.
Com o SaaS, o acesso ao software se dá via licença ou assinatura – e é necessário ter uma conexão com a internet para utilizá-lo!
Saas: a solução mais completa e prática de computação em nuvem.Fonte: GettyImages
Entre os principais benefícios do SaaS, estão:
- Escalabilidade e a conveniência, já que elimina a necessidade de investir em servidores físicos e implementações complexas;
- Acesso remoto permite que as equipes visualizem e manipulem dados e informações em qualquer lugar, aumentando a mobilidade e a agilidade dos processos.
Softwares de CRM e ERP, por exemplo, geralmente funcionam nesse modelo, adaptando-se bem a empresas que buscam flexibilidade na gestão.
Contudo, o SaaS pode não atender às necessidades de empresas com altos requisitos de processamento de dados ou que precisam seguir diretrizes rígidas de armazenamento, limitando o uso em algumas instituições.
Plataforma como serviço (PaaS)
A Plataforma como Serviço (PaaS) oferece uma infraestrutura completa para desenvolvimento, execução e gestão de aplicativos na nuvem.
Com a PaaS, as empresas ganham acesso a recursos de hardware e software que inclui middleware, ferramentas de desenvolvimento e bancos de dados prontos para uso, eliminando a necessidade de altos investimentos iniciais em infraestrutura.
Ideal para equipes de desenvolvimento que trabalham em colaboração, a PaaS permite criar, testar, implantar e gerenciar aplicativos de forma integrada e ágil.
- Fique por Dentro: Quando utilizar IaaS, FaaS, PaaS e CaaS?
PaaS: opção de cloud computing indicado para desenvolvimento de apps.Fonte: GettyImages
O fornecedor cuida de toda a manutenção e atualização dos sistemas, o que torna o PaaS especialmente atrativo para empresas que demandam uma infraestrutura robusta e colaborativa.
Apesar das vantagens, a PaaS pode não ser indicada para empresas que necessitam de hardware específico para um desempenho mais otimizado ou que precisam de maior flexibilidade para alternar entre diferentes fornecedores.
Infraestrutura como serviço (IaaS)
A Infraestrutura como Serviço, ou IaaS, é um modelo de computação na nuvem que oferece recursos fundamentais, como processamento, armazenamento, redes e virtualização.
Aqui, o provedor de serviços mantém e opera toda a infraestrutura física, mas os clientes são responsáveis por instalar e gerenciar sistemas operacionais, aplicativos e dados que utilizam no ambiente.
Com o IaaS, as empresas acessam uma infraestrutura completa e pronta para uso, pagando apenas pelo que realmente utilizam, o que oferece grande flexibilidade.
IaaS: o modelo de computação em nuvem que dá mais controle ao usuário.Fonte: GettyImages
Por exemplo, se em um determinado período a empresa precisar de mais servidores ou armazenamento, basta ampliar o “pacote” contratado; da mesma forma, é possível reduzir o uso em momentos de menor demanda.
Dessa forma, o IaaS é ideal para empresas em crescimento e para negócios com picos de demanda, como e-commerces que veem seu tráfego aumentar durante datas sazonais.
Diferenças entre SaaS, PaaS e IaaS
Embora SaaS, PaaS e IaaS sejam modelos distintos de computação na nuvem, eles podem coexistir em uma mesma organização pois cada modelo oferece um nível diferente de controle, funcionalidade e praticidade.
A escolha entre esses serviços depende do nível de expertise da equipe e das necessidades específicas de cada negócio.
O SaaS é ideal para organizações que preferem ter uma solução pronta e acessível sem precisar lidar com manutenção ou atualizações complexas, oferecendo uma experiência de uso mais prática.
Já o PaaS é mais apropriado para empresas com equipes de desenvolvimento que precisam de um ambiente flexível para criar e gerenciar aplicativos, sem se preocupar com a infraestrutura subjacente.
Por outro lado, o IaaS oferece mais controle, permitindo que a organização configure e gerencie toda a sua infraestrutura de TI, mas exige um time com conhecimento técnico robusto para administrar servidores, sistemas operacionais e segurança.
Conheça outros modelos de nuvem
Além dos modelos SaaS, PaaS e IaaS, os serviços de computação na nuvem podem ser classificados pelo tipo de infraestrutura em que operam, dividindo-se em nuvem pública, privada e híbrida.
Eles atendem a diferentes necessidades de segurança, controle e acessibilidade, permitindo que as empresas escolham o ambiente mais adequado aos seus dados e aplicações.
A seguir, conheça melhor cada um desses tipos de nuvem e as vantagens que podem trazer para o seu negócio:
1. Nuvem pública
A nuvem pública é um modelo de computação na nuvem em que os recursos, como processamento, armazenamento e plataformas de desenvolvimento, são disponibilizados por provedores terceirizados na internet.
Provedores como Google Cloud, Microsoft Azure e Amazon Web Services (AWS) administram e mantêm a infraestrutura, tornando os recursos facilmente acessíveis e compartilhados entre diversos usuários, o que permite reduzir os custos e facilitar o uso.
Por ser uma solução padronizada e de fácil acesso, a nuvem pública se destaca pela economia, já que as empresas pagam apenas pelo que utilizam, sem precisar investir em servidores ou equipes de TI para manutenção.
Um exemplo prático seria uma startup que utiliza o Google Cloud para armazenar dados e hospedar seu site, pagando apenas pelos recursos que consome e podendo ajustar o uso conforme a demanda aumenta ou diminui.
2. Nuvem privada
A nuvem privada é um modelo de computação onde toda a infraestrutura de armazenamento e processamento é exclusiva de uma única organização, operada internamente ou por um provedor terceirizado.
Diferente da nuvem pública, que compartilha recursos com vários usuários, na nuvem privada, tudo é dedicado a um único cliente, proporcionando um nível de controle, segurança e personalização muito maior.
Uma alternativa comum para empresas que lidam com informações confidenciais e precisam garantir que o acesso seja restrito, como os bancos.
Instituições financeiras mantém suas operações em uma nuvem privada para garantir que as informações financeiras de seus clientes estejam seguras e sob controle rigoroso — mesmo que isso implique em custos maiores para manter uma infraestrutura própria e nem sempre esteja usando toda a capacidade disponível.
3. Nuvem híbrida
A nuvem híbrida é uma combinação estratégica entre a nuvem pública e a privada, proporcionando flexibilidade para que as empresas aproveitem o melhor de ambos os modelos de computação em nuvem.
Nesse ambiente, as cargas de trabalho mais sensíveis e confidenciais podem ser mantidas na nuvem privada, enquanto as demais atividades, como aplicativos de uso geral, são hospedadas na nuvem pública, o que traz economia e escalabilidade.
Por exemplo, uma loja virtual pode utilizar uma nuvem privada para armazenar informações de pagamento e dados dos clientes, mantendo-os mais seguros, e ao mesmo tempo usar a nuvem pública para lidar com o tráfego intenso durante as promoções sazonais.
Agora você já sabe como a computação na nuvem pode transformar a forma como as empresas gerenciam sua infraestrutura de TI, proporcionando uma solução mais econômica e flexível em comparação com os modelos tradicionais.
Ao optar por serviços como SaaS, PaaS e IaaS, as organizações conseguem reduzir custos e aumentar a eficiência, pagando apenas pelo que realmente utilizam, sem a necessidade de investir em data centers e equipamentos caros.
- Confira Também: Como o Cloud Computing ajuda a economizar energia elétrica?
Continue aprendendo sobre computação em nuvem aqui no TecMundo, uma vez que publicamos matérias diariamente. Até a próxima!
Fontes
Categorias