O bilionário Elon Musk acusou a gigante das buscas Google de prejudicar de propósito o empresário Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do partido Republicano às eleições de novembro deste ano.
Em uma postagem na rede social X, o antigo Twitter, Musk sugeriu que a empresa tem um "banimento de busca" em Trump e estaria cometendo "interferência nas eleições". A acusação traz uma imagem de uma pesquisa no aplicativo da companhia.
Wow, Google has a search ban on President Donald Trump!
— Elon Musk (@elonmusk) July 29, 2024
Election interference? pic.twitter.com/dJzgVAAFZA
Na captura de tela, uma pesquisa no Google por "Presidente Donald" apresenta uma falha no recurso autocompletar, que dá sugestões de buscas a serem feitas.
Aparentemente, naquele caso, as sugestões não incluíam o empresário. Porém, ele não explicou o contexto da captura e nem se outras pesquisas similares retornaram o mesmo resultado.
Musk é conhecidamente apoiador de Trump e já declarou a preferência pelo candidato em 2024, além de fazer doações a programas ligados aos conservadores.
Além disso, ele publicou um vídeo de paródia com voz possivelmente feita por deepfake de Kamala Harris, a concorrente do partido Democrata. A publicação fere as regras da plataforma, mas o dono do serviço não parece ter sido punido pelo ato.
Empresa responde e culpa falha
Em um fio publicado na mesma rede social, o Google respondeu às acusações de Musk. A big tech confirmou que o recurso autocompletar do buscador apresentou problemas, escondendo alguns resultados.
Tudo começou, segundo o comunicado, por mecanismos de proteção ativados após o atendado contra Trump durante um comício. Isso acabou gerando um bug que afetou as pesquisas e envolveu políticos de diferentes espectros ideológicos.
(2/5) First, Autocomplete wasn’t providing predictions for queries about the assassination attempt against former President Trump. That’s because it has built-in protections related to political violence — and those systems were out of date.
— Google Communications (@Google_Comms) July 30, 2024
After the horrific events in Butler,… pic.twitter.com/kwbV0WgLIn
Além disso, a empresa ainda explicou por que políticos rivais, como Kamala e o ex-president Barack Obama, apareciam na página de resultados de Trump. Segundo a explicação, o motivo é que tanto Trump quanto Kamala são citados juntos na maioria dos artigos, o que explica a indexação dos sites.
"Embora nossos sistemas funcionem muito bem na maioria das vezes, você pode encontrar previsões que podem ser inesperadas ou imperfeitas e ocorrerão bugs. Muitas plataformas, incluindo esta em que estamos postando agora, mostrarão previsões estranhas ou incompletas em vários momentos. De nossa parte, quando surgirem problemas, faremos melhorias para que você encontre o que procura de forma rápida e fácil", disse a empresa.
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