Imagens falsas de celebridades sendo presas e algumas mais bizarras como as de pessoas com membros extras, “Jesus camarão” e outras do tipo têm tomado conta das redes sociais, confundindo e incomodando os internautas. Elas são exemplos de “slop”, a palavra da moda entre os especialistas em tecnologia.
O conceito, que também inclui outros tipos de conteúdos duvidosos, como textos, áudios e vídeos surreais, tem relação direta com a popularização das soluções de inteligência artificial generativa. É por meio da tecnologia que eles são gerados.
Afinal, o que é slop?
Imagens do "Jesus Camarão" podem ser encontradas aos montes no Facebook. (Imagem: Forbes/Reprodução)Fonte: Forbes/Reprodução
Slop é o conteúdo de baixa qualidade gerado por IA que cada vez mais tem sido encontrado em redes sociais, sites e outras plataformas. Geralmente indesejados, esses materiais servem apenas para desviar a atenção, não agregando nenhuma informação importante.
A expressão, que em inglês tem significados como “desleixo”, “resíduo” ou “trabalho de baixa qualidade”, começou a ganhar força por volta de 2022, em meio às polêmicas com IAs capazes de gerar obras de arte. Desde então, o poder crescente da tecnologia impulsionou a produção de slops.
O lixo virtual gerado por IA costuma ser comparado ao velho conhecido spam, como lembra o site CNET. O termo surgido em 1993 serve para identificar e-mails indesejados que lotam as caixas de entrada dos usuários há décadas.
Em certos casos, o objetivo do material gerado por IA ruim se assemelha ao do spam, ou seja, gerar tráfego para sites, melhorar o ranqueamento de páginas e fazer o internauta visualizar anúncios, de acordo com o The Guardian. Por outro lado, conteúdos de boa qualidade acabam ficando em segundo plano.
Como identificar slops?
Em alguns casos, os slops são fáceis de identificar. (Imagem: Getty Images)Fonte: Getty Images/Reprodução
Normalmente, as imagens são mais fáceis de identificar, pois trazem elementos surreais ou caricatos, resultando em conteúdos exagerados para chamar a atenção. Imagens de Jesus com camarões no lugar dos braços e de crianças em carros feitos de garrafas são apenas alguns exemplos.
Mas em determinados casos, a imagem gerada por IA pode ser realista e deixar dúvidas, sendo necessário analisar detalhes na foto para descobrir o uso da tecnologia. O mesmo vale para vídeos e áudios, pois os deepfakes estão cada vez mais convincentes.
Já em relação aos textos gerados por chatbots, frases estranhas e desconexas podem denunciar a utilização da IA. Também é interessante buscar fontes oficiais e verificadas sobre o assunto caso suspeite do conteúdo.
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