O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, acredita que criadores de conteúdo e influenciadores digitais terão uma solução tecnológica para agendas lotadas e uma carga massiva de trabalho. Segundo o executivo, essas figuras poderão criar clones de si mesmos usando inteligência artificial (IA).
Em uma longa entrevista para o canal do YouTube de Rowan Cheung, que é especialista em IA, Zuckerberg — com um visual diferente do que ele adotou nos últimos anos — contou um pouco sobre a sua visão da tecnologia para essa categoria de profissionais.
O responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp acha que esse é um futuro possível e promissor, inclusive com participação da Meta no setor.
Na conversa, Zuckerberg também falou sobre o mais recente modelo de linguagem da companhia, o Llama 3.1, e alguns planos futuros para tornar ferramentas de IA em código aberto para setores como a educação.
Clones virtuais de celebridades?
Basicamente, a ideia de Zuckeberg é que criadores de conteúdo sejam capazes de pegar todas as informações sobre si mesmos de redes sociais e usá-las para treinar um modelo de IA. Esse robô seria capaz de "refletir seus valores, objetivos e o que eles estão tentando fazer, e as pessoas poderão interagir com eles".
"Seria quase como um artefato artístico que os criadores fariam para que as pessoas possam interagir de diferentes formas", explica. Na prática, ele não indicou se eles seriam somente um perfil via texto ou também de outras mídias, como em áudio e vídeo.
O clone permitiria que os criadores de conteúdo não tenham exatamente tempo de folga, mas uma forma de resolver o problema de que "não há horas suficiente no dia" para fazer o trabalho propriamente dito e também interagir com a comunidade tanto quanto gostariam.
A própria Meta já começou a testar esse recurso. Alguns assistentes de IA da Meta desenvolvidos para as plataformas digitais têm "personalidades" que simulam celebridades de diversos segmentos, como o ex-jogador de futebol americano Tom Brady e o cantor Snoop Dogg.
A Meta atualmente treina chatbots com personalidades e linguagens distintas.Fonte: Meta
Para além do uso por criadores de conteúdo, os "agentes de IA" citados pelo CEO também serviriam para empresas de todos os tamanhos. Neste caso, ele imagina que cada companhia terá um avatar para falar com os consumidores e atuar em áreas como vendas e atendimento ao consumidor.
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