Voo de Julian Assange foi o mais monitorado do mundo no FlightRadar24

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Imagem: Getty Images/Reprodução

O voo que transportou o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi o mais monitorado do mundo na terça-feira (25) na plataforma FlightRadar24. O aplicativo permite acompanhar voos em tempo real de qualquer parte do mundo, informando dados como altitude, velocidade e posição, entre outros.

A aeronave que partiu do Reino Unido rumo às Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico, era monitorada por aproximadamente 6 mil usuários no final da manhã, durante a escala em Bangkok, na Tailândia. Já às 17h (horário de Brasília), quando o avião se aproximava do destino, mais de 4,6 mil pessoas acompanhavam a viagem online, segundo o g1.

Para voar de Londres a Saipan, maior ilha do arquipélago, o ativista fretou uma aeronave Bombardier Global 6000 da VistaJet que fez uma parada na capital tailandesa para reabastecer. Os custos da viagem serão cobertos por meio de uma vaquinha online organizada pelo WikiLeaks visando arrecadar o equivalente a R$ 3,5 milhões.

Na ilha, Assange vai participar de uma audiência em que deve se declarar culpado por violar a lei de espionagem dos Estados Unidos. A escolha do local se deu por motivos de segurança, além da proximidade com a Austrália, país natal do jornalista, que seguirá para lá nos próximos dias.

Por que Julian Assange foi preso?

A plataforma fundada pelo australiano em 2006 foi responsável por vazar milhares de documentos secretos do governo dos EUA, nos anos seguintes, revelando abusos cometidos por militares e autoridades americanas. Entre outras coisas, o conteúdo disponibilizado na internet apontava assassinatos de civis cometidos na guerra do Afeganistão.

Desde então, ele enfrenta uma longa batalha contra a justiça americana, que tentava extraditá-lo desde a sua prisão em Londres, em 2019. Caso fosse transferido do território britânico para os EUA, o ativista poderia pegar até 175 anos de detenção.

Mas o surpreendente acordo entre Assange e a justiça dos EUA, revelado na segunda-feira (24), permitiu que ele fosse solto após passar 1.901 dias preso. Agora, o jornalista deve pedir perdão ao governo americano e assumir a culpa pelo vazamento dos documentos confidenciais, crime pelo qual será sentenciado a 62 meses de detenção, já cumpridos no Reino Unido.

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