A plataforma de assinaturas de conteúdos exclusivos OnlyFans é quase sempre associada à venda de conteúdos adultos. Entretanto, a atual CEO da empresa, Keily Blair, está fazendo o possível para ao menos reduzir essa conexão.
Em entrevista ao Financial Times, a executiva comentou sobre a diversidade de conteúdos compartilhados no serviço, além de falar um pouco sobre o presente e o futuro da marca.
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Ela ainda rejeita o rítulo de ser um site "pornográfico". Segundo Keily, essa palavra tem um significado normalmente pejorativo e associado a determinadas práticas. Além disso, esse termo limitaria a publicação no OnlyFans para certos tipos de material.
Kely Blair, CEO do OnlyFans desde julho de 2023.Fonte: OnlyFans
"Nós somos um site que hospeda conteúdo adulto, mas nós também hospedamos uma variedade de outros conteúdos. E muita gente que cria conteúdo adulto também escolhe criar outros formatos de conteúdo", explica. A CEO cita, por exemplo, pessoas que gostam de compartilhar aulas, tutorais ou produções musicais com os assinantes.
Até por isso, Keiley usa sempre a expressão "conteúdo adulto", citando que adultos gostam de muitas coisas para além de consumo de materiais sobre sexo.
OnlyFans está em momento de alta
Na entrevista, a executiva confirmou que o OnlyFans passa por um momento bastante positivo em termos financeiros.
Atualmente, são cerca de 3 milhões de criadores de conteúdo cadastrados, com um crescimento de 17% registrado em 2023. Porém, a CEO não revelou qual a porcentagem desses usuários cria ou consome apenas conteúdos adultos.
Além disso, ele já pagou US$ 15 bilhões aos criadores de conteúdo desde a fundação, que aconteceu em 2016. Keiley reforçou ainda que, ao menos a curto prazo, a companhia não planeja fazer uma oferta pública de ações (IPO) por não ver vantagem no processo.
Em 2021, entretanto, quase que todo esse modelo de negócios foi derrubado. A plataforma chegou a anunciar o banimento de conteúdos adultos, mas voltou atrás rapidamente após reações negativas da comunidade.
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