Fake news e pornografia devem ser banidas da internet. Essa é a opinião dos brasileiros em uma pesquisa Datafolha feita em maio deste ano. As fake news são abominadas por 92% dos participantes, enquanto a pornografia fica em segundo lugar, com 89% de rejeição.
Divulgada na última quinta-feira (29), a consulta também destacou a divulgação de imagens de cadáveres nas redes sociais (87%) e mensagens de ódio político (86%).
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Finalmente, completado o “ranking da infâmia”, aparecem as notícias constrangedoras de celebridades e as fotos manipuladas por inteligência artificial (IA), cuja exclusão é defendida por 81% dos entrevistados e 67%, respectivamente.
Quem são os participantes da pesquisa?
O Projeto das Fake News foi retirado da pauta por falta de consenso.Fonte: Câmara dos Deputados
A estratificação dos participantes da pesquisa mostra uma rejeição maior entre as mulheres do que entre os homens em todos os quesitos apresentados. Mas alguns temas, como pornografia e notícias sobre celebridades, afetam mais o público feminino com 94% delas rechaçando o primeiro (contra 84% dos homens), e 87% contra 75% no segundo.
Já o mal-estar provocado por imagens geradas por IA, as diferenças são mais evidenciadas à medida que sobe a faixa etária dos entrevistados. Jovens de 16 a 24 anos desejam remover esse tipo de conteúdo, contra 60% entre os entrevistados de 25 a 34 anos, e 76% na faixa igual ou maior a 60 anos.
Embora a pesquisa tenha registrado um consenso entre os participantes quando se trata da necessidade de excluir da internet praticamente todos os itens apresentados, há controvérsias sobre quem deve fazer isso. Para 30%, as próprias redes sociais deveriam tomar essa iniciativa; para 29%, os usuários deveriam denunciar os conteúdos impróprios; enquanto 26% entendem que essa é uma função do governo.
Fontes